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      Alta do dólar desafia indústria de tecnologia e força Lenovo a repensar estratégias no Brasil

      Executivo aponta impacto cambial nos preços e destaca investimentos para manter competitividade no mercado local

      (Foto: Divulgação )
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      247 - A disparada do dólar, que chegou a patamares acima de R$ 6, tem imposto um cenário desafiador para a indústria de tecnologia no Brasil, impactando diretamente o custo de componentes importados e o preço final dos produtos. Ricardo Bloj, presidente da Lenovo Brasil, revelou em entrevista ao Globo que a volatilidade cambial e os juros altos estão entre os maiores obstáculos para o setor em 2025. “Praticamente 90% do custo de um equipamento dependem de componentes atrelados ao dólar. Quando a moeda chega a R$ 6,10 ou R$ 6,30, não temos como evitar o ree ao mercado”, afirmou.

      Apesar das adversidades, a Lenovo, que apresentou mais de 60 novos produtos na CES 2025, aposta em inovação e produção local para mitigar os impactos econômicos. Cerca de 95% dos dispositivos vendidos no Brasil são fabricados no país, nas unidades de Indaiatuba (SP) e Manaus (AM). “Essa estratégia nos permite maior competitividade e rapidez em lançamentos. Produtos fabricados aqui chegam ao mercado em até três meses após o anúncio global”, destacou Bloj.

      Cenário econômico desafia o consumo
      A alta do dólar não é o único fator pressionando o mercado. Os juros elevados também têm dificultado o crédito, especialmente para o consumidor final. Mesmo assim, a Lenovo conseguiu crescer quase 14% em 2024, superando o desempenho do mercado, que avançou pouco mais de 1%. Para 2025, Bloj prevê um impacto ainda maior no segmento de pessoa física. “Além do câmbio, o custo do crediário pesa, mas ainda assim há oportunidades, já que mais de 50% das máquinas no Brasil têm mais de quatro anos. O ciclo de renovação será uma válvula de escape”, explicou.

      Investimento em inovação para sustentar o crescimento
      Apesar do cenário macroeconômico desfavorável, a Lenovo mantém sua aposta em inovação e no mercado corporativo. Um exemplo recente é o contrato com a Petrobras para fornecimento de supercomputadores. A empresa também investe cerca de R$ 200 milhões anuais em pesquisa e desenvolvimento no Brasil, que abriga um dos 15 centros de tecnologia da marca no mundo.

      Entre as novidades destacadas na CES 2025 estão notebooks com telas extensíveis, fones de ouvido que traduzem idiomas em tempo real e dispositivos vestíveis com inteligência artificial. Para cada nova linha de produtos, a Lenovo investe de US$ 250 mil a US$ 300 mil em infraestrutura e produção, além de desenvolver inovações localmente, como o sistema baseado em IA que traduz voz para Libras, criado em parceria com o Instituto Cesar.

      “Estamos vivendo um momento em que os produtos já têm capacidade tecnológica antes mesmo do surgimento de novas aplicações. Isso vai acelerar a adoção de inovações como a inteligência artificial, que, dessa vez, chegará de forma exponencial”, destacou Bloj.

      Estratégias para driblar a alta do dólar
      A flexibilidade produtiva e os investimentos locais são cruciais para a Lenovo enfrentar as incertezas do mercado. No entanto, Bloj ite que projetar o câmbio é um desafio constante. “Se você ganha um contrato com entregas de 12 a 24 meses, precisa projetar o dólar. Mas qual dólar? Como fazer isso? Se eu soubesse, estaria milionário”, brincou. Segundo ele, a longa cadeia de suprimentos e o tempo de produção tornam inevitável o ree de custos ao consumidor.

      No segmento corporativo, a empresa busca expandir sua atuação com serviços para grandes empresas, como a Petrobras, e aposta na rápida adoção de novas tecnologias por parte do mercado brasileiro. “O brasileiro adota tecnologia muito rápido. Temos que estar sempre trazendo as últimas novidades”, concluiu.

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