Segurança agride paciente com colar cervical em cadeira de rodas em hospital de São Bernardo do Campo

247 - Um homem com colar cervical e em cadeira de rodas foi brutalmente agredido por um segurança dentro do Hospital de Urgência de São Bernardo do Campo, na Região Metropolitana de São Paulo. As imagens do circuito interno, registradas na madrugada de quarta-feira (21), mostram o momento em que o paciente é empurrado, chutado e jogado ao chão repetidamente. A informação foi divulgada inicialmente pela TV Globo e pelo portal g1.

O vídeo revela que o paciente, aparentemente agitado e falando ao celular na recepção do hospital, inicia uma discussão com o segurança. Ao tentar se levantar da cadeira de rodas, é violentamente empurrado e cai de costas no chão. Mesmo com dificuldades para se equilibrar, ele insiste em se reerguer, sendo agredido mais uma vez com empurrões e um chute na altura do quadril. 

Um segundo segurança presencia toda a cena, mas não intervém. A vítima cai ao chão diversas vezes durante a sequência de agressões.Em nota, a Prefeitura de São Bernardo do Campo afirmou que os dois seguranças envolvidos na ocorrência trabalhavam para uma empresa terceirizada, que foi notificada. Ambos foram desligados. O município classificou o episódio como "uma triste situação" e garantiu que “todas as medidas istrativas estão sendo tomadas para que essa triste situação não se repita e para que os envolvidos sejam exemplarmente punidos”.Ainda segundo a prefeitura, serão reforçadas as orientações e os treinamentos direcionados aos profissionais de segurança e controle de o que atuam nas unidades de saúde. 

"A Prefeitura de São Bernardo reitera que não compactua com nenhum tipo de violência", diz o comunicado.Apesar da gravidade das agressões, até a última atualização da reportagem, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) não havia se manifestado sobre o caso, e não há informações sobre o estado de saúde do paciente.O caso gerou forte repercussão nas redes sociais e levantou questionamentos sobre o preparo dos profissionais terceirizados que atuam em ambientes hospitalares. Especialistas em segurança pública e saúde defendem que equipes que trabalham com atendimento ao público em locais de alta vulnerabilidade devem receber treinamento específico para lidar com situações de crise, sem recorrer ao uso da força.A Prefeitura de São Bernardo afirma que está acompanhando o caso e reforça o compromisso com a segurança e dignidade dos pacientes atendidos na rede municipal. A população aguarda agora que as investigações avancem e que os responsáveis sejam responsabilizados judicialmente.