Lula: ‘a democracia está perdendo terreno para o nazismo, o fascismo e o extremismo’
Presidente diz que "falta muito para as eleições" e que pesquisas atuais "não importam": "O povo não é bobo. Vota em quem sabe que vai cuidar dele"
247 - Em entrevista às rádios baianas Metrópole e Sociedade nesta quinta-feira (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou a pesquisa Quaest divulgada recentemente, que apontou uma redução em sua popularidade e trouxe cenários para a disputa eleitoral de 2026, incluindo nomes como o cantor Gusttavo Lima e o coach Pablo Marçal como possíveis adversários. Lula, no entanto, minimizou a relevância das pesquisas atuais, afirmando que "é muito distante do processo eleitoral para ficar discutindo pesquisa".
"Temos que dar tempo ao tempo. A pesquisa de verdade começa a fazer efeito a partir do momento em que a campanha começa. O restante é apenas estatística que a gente não pode levar a sério", disse o presidente. Ele destacou que, apesar de nomes surgirem em levantamentos, o eleitorado brasileiro é consciente: "O povo vota naquela pessoa que sabe que vai cuidar dos interesses dele".
Além de abordar o cenário político, Lula fez um alerta sobre o avanço de ideologias extremistas. "Nós estamos vivendo um momento muito complicado na humanidade. A democracia está perdendo respeito para o extremismo, está perdendo espaço para o nazismo, fascismo, para as pessoas mais extremistas e muito irresponsáveis", afirmou. O presidente criticou o que chamou de "negacionismo elevado à quinta potência" e reforçou seu compromisso com a democracia: "Se depender de mim, o negacionismo nunca mais governa esse país. Se depender de mim, o fascismo não volta".
A pesquisa Quaest, citada por Lula, foi divulgada pelo portal Brasil 247 e mostrou que a aprovação do governo federal caiu de 56% para 50% em um mês, enquanto a reprovação subiu de 35% para 39%. O levantamento também indicou que, em um possível cenário eleitoral para 2026, Lula teria 37% das intenções de voto, enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apareceria com 31%. Nomes como Gusttavo Lima e Pablo Marçal foram citados como possíveis concorrentes, embora sem expressividade significativa.
Lula reforçou que, apesar dos desafios, está confiante no trabalho de seu governo e na capacidade do povo brasileiro de discernir entre propostas sérias e discursos extremistas. "Estou consciente disso. As eleições estão muito longe e é muito difícil ficar agora lançando nomes, ficar fazendo perspectivas de quem vai ganhar ou vai perder, porque a gente só vai saber quando o time entrar em campo", concluiu.
Enquanto o debate político se intensifica, o presidente deixou claro que sua prioridade é combater o avanço do extremismo e fortalecer a democracia, garantindo que o país não retroceda a práticas autoritárias. "A única coisa que eu quero dizer é o seguinte: se depender de mim, o negacionismo nunca mais governa esse país", finalizou.
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