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      Franqueados denunciam ambiente de controle e punições na Cacau Show: "uma seita"

      Empresários relatam perseguição a quem discorda da liderança da marca

      Franquia da cacau show
      Laís Gouveia avatar
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      247 - Grandes eventos emocionais, músicas altas, discursos motivacionais e uma devoção quase religiosa à figura do fundador. Esses são alguns dos elementos descritos por franqueados da Cacau Show para caracterizar a rotina dentro da maior rede de chocolates do país. A denúncia, publicada pelo portal Metrópoles, aponta que, por trás da imagem pública positiva da marca, há um ambiente de controle rigoroso, perseguições e retaliações contra quem ousa questionar decisões da empresa.

      A reportagem assinada por Gabriella Furquim traz relatos de franqueados que dizem ser tratados com hostilidade ao levantarem críticas sobre práticas da companhia, como aumentos repentinos de preços e mudanças unilaterais nos contratos. 

      Alguns afirmam que aram a receber produtos encalhados ou próximos do vencimento após expressarem insatisfação. Em muitos casos, esse tipo de retaliação acabou inviabilizando o funcionamento das lojas, levando ao fechamento de unidades.

      O comando dessas diretrizes, segundo os denunciantes, parte do próprio fundador e CEO da Cacau Show, Alexandre Tadeu da Costa, conhecido como Alê Costa. Ele é o responsável por liderar encontros presenciais e virtuais que promovem a imagem de sucesso da rede, com forte apelo à superação pessoal e ao “espírito de dono”. No entanto, franqueados descrevem esse comportamento como semelhante ao de uma “seita”, com pouco espaço para questionamentos.

      Um dos casos que chegaram à Justiça mostra como as punições são aplicadas formalmente. Em processo que tramita na 25ª Vara Cível de Brasília, o juiz Julio Roberto dos Reis criticou duramente a política de crédito da rede, classificada como mecanismo de coerção: 

      “É inequívoco que a política interna da demandada [Cacau Show] afronta o princípio constitucional da liberdade profissional, porquanto, a restrição de crédito para fornecimento exclusivo de produtos [...] constitui mero revanchismo, uso arbitrário das próprias razões por via transversa, cuja finalidade não é outra senão inibir o legítimo direito constitucional de ação dos demandantes [franqueados]”, afirmou o magistrado.O temor de represálias é tão grande que alguns empresários optaram por criar perfis anônimos nas redes sociais para expor seus relatos. É o caso da página “Doce Amargura”, istrada por uma franqueada que ainda mantém sua loja no interior de São Paulo. Mesmo sob pseudônimo, ela contou ao Metrópoles ter sido surpreendida pela visita do vice-presidente da empresa, Túlio Freitas, que viajou mais de 600 km até sua loja. 


      Segundo a franqueada, Freitas perguntou “o que era preciso” para que ela parasse com as denúncias. Desde então, ela tenta na Justiça rescindir seu contrato com a Cacau Show.

      Além dos relatos públicos, a empresa acumula processos judiciais por cobranças indevidas e falhas no fornecimento de produtos às lojas. As denúncias sugerem um padrão de retaliações e controle que pode comprometer a saúde financeira dos franqueados e impedir que disputas legítimas sejam tratadas com transparência.

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