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      Fenae alerta para os riscos das apostas online e o crescimento da compulsão no Brasil

      Especialistas destacam impactos financeiros, sociais e emocionais do vício em jogos, que já é a terceira dependência mais comum no país

      Apostas online (Foto: Reprodução/Getty Images)
      Camila França avatar
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      247 - A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) emitiu um alerta sobre o crescimento das apostas online no Brasil e seus impactos na saúde pública. Nos últimos anos, a popularidade dessas plataformas aumentou significativamente, impulsionada por estratégias de marketing agressivo, bônus atraentes e a facilidade de o 24 horas por dia. No entanto, o fenômeno trouxe consigo um grave problema: o aumento da compulsão por jogos, que já é a terceira dependência mais frequente no país, atrás apenas do álcool e do tabaco.

      A psiquiatra Renata Figueiredo, presidente da Associação Psiquiátrica de Brasília (APBr), explica que a ilusão de controle sobre os resultados é um dos fatores que levam ao vício. "A pessoa acredita que sabe jogar, que tem os recursos necessários para ganhar, mas essa ilusão faz com que ela aposte mais e mais. Quando perde, tenta recuperar o dinheiro, entrando em um ciclo vicioso e perigoso", afirma.

      A ludopatia, ou vício em jogos de azar, é reconhecida pela Classificação Internacional de Doenças (CID-10) como uma condição médica que pode resultar em graves consequências financeiras, sociais e emocionais. Entre os principais sinais do transtorno estão a preocupação excessiva com apostas, tentativas frustradas de parar, mentiras para esconder o problema e endividamento. "A compulsão por apostas pode trazer sérios danos à vida pessoal, profissional e financeira do indivíduo. Quando a família descobre, geralmente já está endividada, falida, tendo usado recursos próprios e até de terceiros para continuar jogando", alerta Renata.

      Além dos prejuízos financeiros, o vício em jogos impacta a saúde mental, elevando os índices de estresse, ansiedade, depressão e até o risco de suicídio. O sedentarismo também é uma consequência comum, já que o tempo dedicado às apostas muitas vezes substitui atividades físicas e sociais.

      Tratamento e conscientização

      O primeiro o para enfrentar o problema é reconhecer a compulsão e buscar ajuda especializada. O tratamento pode incluir terapia cognitivo-comportamental, medicamentos para transtornos associados, como ansiedade e depressão, e o apoio de familiares e amigos. "Embora o tratamento do vício em apostas online seja desafiador, há esperança para os jogadores compulsivos. Com apoio profissional e familiar, é possível recuperar o controle da vida e superar esse problema", ressalta Renata.

      A Fenae reforça a importância de debater o tema e conscientizar a população, especialmente os empregados da Caixa, sobre os riscos do jogo compulsivo. "Caso perceba sinais do transtorno em si ou em colegas, procure ajuda especializada", orienta Sérgio Takemoto, presidente da Fenae.

      O alerta da Fenae e dos especialistas visa combater a normalização das apostas online e promover uma reflexão sobre os impactos desse hábito, que pode se transformar em uma dependência devastadora para indivíduos e famílias.

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