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      Expedição Antártica da China produz resultados científicos e melhora o sistema de monitoramento de detritos espaciais polares

      Missão revela dados geofísicos valiosos e fortalece sistema de rastreamento de detritos espaciais em região estratégica para a ciência

      O Xuelong 2, um dos navios da 41ª equipe de expedição antártica da China, parte para uma missão de quase sete meses rumo à Antártida em 1º de novembro de 2024, em Guangzhou, província de Guangdong, no sul da China. Foto: Global Times (Foto: Global Times)
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      247 - A 41ª expedição antártica da China tem rendido resultados científicos expressivos, com destaque para avanços na exploração geofísica e no monitoramento de detritos espaciais em áreas polares. A informação foi divulgada pela emissora estatal CCTV News nesta segunda-feira (21), e repercutida pelo jornal Global Times. A missão, que envolve os navios quebra-gelo Xue Long e Xue Long 2, partiu em novembro de 2024 para uma jornada de quase sete meses rumo ao continente gelado. O primeiro navio já retornou a Xangai no início de abril, enquanto o segundo está previsto para regressar em junho.

      Durante o verão antártico, os pesquisadores chineses implantaram um telescópio óptico de grande abertura com rastreamento automático, ferramenta crucial para o monitoramento contínuo de detritos espaciais. A tecnologia integra o aprimoramento do sistema de vigilância orbital da China, especialmente importante para garantir a segurança de satélites e apoiar iniciativas de governança espacial global.

      As atividades também incluíram investigações geofísicas de alta precisão. Liu Guofeng, integrante da equipe científica, explicou que diferentes métodos foram utilizados de acordo com as características do terreno. “Em áreas expostas ao leito rochoso e zonas de transição costeira, usamos principalmente espectrômetros gama aerotransportados montados em drones e gradiômetros magnéticos terrestres para detecção”, afirmou. Já nas regiões cobertas por gelo, a ênfase foi em métodos sísmicos e eletromagnéticos. “Implantamos geofones na superfície para capturar essas ondas refletidas, permitindo-nos estudar a camada de gelo e o leito rochoso subglacial”, detalhou Liu.

      A partir da análise dos dados coletados, os cientistas puderam construir modelos geológicos tridimensionais, revelando as estruturas e características tectônicas sob o gelo. Segundo Liu, essas informações são cruciais para compreender o comportamento da camada de gelo, identificar padrões de fluxo e estimar taxas de movimentação — aspectos diretamente ligados ao estudo das mudanças climáticas globais. Os dados também orientam futuras perfurações e pesquisas sobre lagos subglaciais.

      Na Estação Zhongshan, uma das bases fixas da China na Antártida, a equipe ampliou as capacidades de monitoramento espacial com a instalação de novos equipamentos. Quatro telescópios ópticos de direção fixa e um radiotelescópio já operam na estação, que agora conta com um novo módulo de observação astronômica para observações em faixas de ondas ópticas e de rádio.

      Zhang Yi, outro membro da equipe, destacou as vantagens atmosféricas da Antártida para a pesquisa espacial. “As noites polares prolongadas são ideais para observações astronômicas”, explicou. No entanto, ele alertou para os desafios naturais da região. “Condições climáticas extremas, como nevascas, representam desafios significativos para o monitoramento de detritos espaciais.”

      Zhang ressaltou que o telescópio recém-implantado possui sistemas ópticos e de controle aprimorados, além de permitir operação remota. “O módulo de observação permite o monitoramento em todas as condições climáticas de telescópios ópticos e radiotelescópios”, afirmou. Segundo ele, o monitoramento do ambiente eletromagnético espacial é vital para garantir segurança nas comunicações e na navegação em órbita terrestre.

      A pesquisa em curso também deve beneficiar futuras atualizações tecnológicas. O sistema receptor do radiotelescópio da Estação Zhongshan será modernizado ainda este ano para melhorar a detecção de sinais eletromagnéticos de alta frequência, ampliando a capacidade da China de observar e antecipar eventos no espaço sideral.

      Além dos ganhos científicos, a missão reafirma o compromisso da China com a cooperação internacional na Antártida e o uso pacífico do espaço. O contínuo fortalecimento das capacidades científicas do país em ambientes extremos revela não apenas sua crescente liderança tecnológica, mas também sua ambição de desempenhar um papel central na governança ambiental e espacial global.

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