Julgamento sobre a morte de Maradona começa com acusações graves: "Hospitalização imprudente" e "teatro de horror"

247- Nesta terça-feira (11), teve início o julgamento dos sete profissionais de saúde que cuidavam de Diego Maradona antes de sua morte, em 25 de novembro de 2020. O tribunal de San Isidro, na Argentina, busca determinar se o falecimento do ídolo foi decorrente de suas condições de saúde ou se houve negligência por parte da equipe médica. O jornal O Globo destaca que o clima foi tenso desde o início, com fãs e familiares protestando em frente ao tribunal, enquanto os réus, incluindo o neurocirurgião Leopoldo Luque e a psiquiatra Agustina Cosachov, enfrentaram acusações graves.

O Ministério Público, representado pelos subprocuradores Patricio Ferrari e Cosme Iribarren, apresentou as bases da acusação, descrevendo a internação domiciliar de Maradona como "imprudente, precária e sem precedentes". Ferrari afirmou que a casa onde o ídolo morreu era um "teatro de horrores", sem protocolos adequados para seu cuidado. "Ninguém fez o que tinha que fazer", declarou, reforçando a necessidade de justiça para Maradona, sua família e o povo argentino.

A defesa dos réus rebateu as acusações, argumentando que a morte foi resultado de um "evento cardiológico agudo e imprevisível". Mara Digiuni, advogada de Luque, afirmou que não houve atos ilegais por parte de seu cliente. Já Vadim Mischanchuk, defensor de Cosachov, destacou a falta de nexo causal entre as ações da psiquiatra e a morte de Maradona. Diego Olmedo, advogado do psicólogo Carlos Díaz, ressaltou que seu cliente foi contratado para tratar o vício em álcool do ídolo e que não há evidências ligando seu trabalho ao desfecho fatal.

O julgamento segue com expectativa de novas revelações e debates acalorados, enquanto familiares e fãs de Maradona aguardam por justiça. O caso, que chocou o mundo, promete continuar gerando controvérsias e emocionando aqueles que acompanham de perto a busca por respostas sobre a morte do maior ídolo do futebol argentino.