'Farinha do mesmo saco, palhaçada': Ronaldo detona CBF e critica poder das federações
Fenômeno criticou modelo da entidade, lamentou ausência de reformas e disse que cenário do futebol brasileiro "não vai mudar"
247 - Em entrevista concedida neste domingo (18) à TV Bandeirantes, durante a transmissão do Grande Prêmio de Imola de Fórmula 1, o ex-jogador Ronaldo Nazário, o Fenômeno, fez duras críticas à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), relata o jornal O Globo. A fala ocorre dias após o afastamento do presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, por decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), que nomeou um interventor e determinou a realização de novas eleições para o fim do mês.
"Não é novidade para ninguém. O que está acontecendo agora já aconteceu outras vezes. A gente vive um momento terrível, mas o mais impressionante é que a gente não vê uma luz no fim do túnel", afirmou o ex-camisa 9 da Seleção.
Segundo Ronaldo, o modelo de governança da CBF, que concentra o poder decisório nas mãos dos 27 presidentes das federações estaduais, impede qualquer possibilidade real de reforma estrutural. “Enquanto o estatuto da CBF for esse que é agora, que o poder fica na mão dos 27 presidentes de federações, essa palhaçada vai continuar. Não tem nenhuma chance de reforma no futebol brasileiro. Eu diria que muda a página, mas o livro é o mesmo, é tudo farinha do mesmo saco”, disparou.
Fracasso de candidatura e crítica ao sistema - Ronaldo, que já manifestou o desejo de assumir a presidência da CBF, revelou em março ter desistido da candidatura. Na época, justificou a decisão pela ausência de apoio das federações estaduais. Segundo ele, 23 das 27 entidades sequer aceitaram recebê-lo, sob o argumento de estarem satisfeitas com a gestão de Ednaldo Rodrigues e dispostas a apoiá-lo para um novo mandato.
Neste domingo, o Fenômeno reforçou a ideia de que o Brasil desperdiça o potencial de seu futebol por conta da estrutura política arcaica da CBF. Para ele, uma reforma profunda permitiria “ter esperança de voltar” a conquistar títulos e “reconectar” a Seleção com os torcedores. Mas sua avaliação sobre o futuro não é otimista: “não vai mudar”.
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