“Síria foi vítima de uma guerra concebida nos EUA e operada por terroristas”, diz Zé Reinaldo
Analista atribui conflito na Síria à intervenção externa liderada pelos Estados Unidos e ao apoio de aliados regionais
247 - Durante sua participação no programa O Mundo Como Ele É, da TV 247, o jornalista e analista internacional José Reinaldo de Carvalho fez uma análise detalhada sobre a situação política e militar na Síria, destacando a influência dos Estados Unidos no conflito que já dura mais de uma década.
“Foi uma guerra engendrada pelo imperialismo estadunidense, instrumentalizada por ele com apoio da Turquia e de Israel, mas que contou com uma base social importante de sírios”, afirmou. Segundo ele, essa estratégia combinou forças locais e internacionais para enfraquecer o governo do presidente Bashar al-Assad.
José Reinaldo também abordou o papel das potências regionais e globais. “Os aliados Irã, Rússia e Hezbollah ficaram impossibilitados de agir com a magnitude esperada, cada um devido às suas próprias limitações estratégicas e políticas”, explicou. Ele destacou que o Irã enfrentava ameaças internacionais e que a Rússia estava focada na guerra na Ucrânia.
O analista classificou como surpreendente a forma como ocorreu a derrocada do governo de Assad, descrevendo-a como uma queda sem resistência significativa. “Foi uma resistência muito pontual e já inócua. A aviação síria, junto com a russa, despejou algumas bombas, mas depois não houve mais resistência.”
José Reinaldo alertou para as intenções de Israel no território sírio, mencionando as ocupações militares. “Eles já disseram que jamais sairão das áreas conquistadas, o que inclui regiões próximas a Damasco”, enfatizou.
Ele também ressaltou a contradição enfrentada pelos Estados Unidos ao lidar com o novo governo sírio. “Os Estados Unidos consideram a Frente pela Libertação do Levante uma organização terrorista, mas agora precisam lidar com um governo que eles próprios designaram assim.” Essa situação, segundo ele, cria um ime diplomático para Washington e a ONU.
A análise concluiu com uma reflexão sobre o futuro da Síria: “A questão é se haverá um Estado soberano com o território íntegro ou um país fracionado em enclaves territoriais controlados por Israel, Turquia, Estados Unidos e uma pequena porção síria”. Assista:
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