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      Ricardo Cappelli: “o identitarismo nunca foi uma política de esquerda”

      Presidente da ABDI analisa o cenário político brasileiro, destacando o fortalecimento da direita e criticando as pautas identitárias

      (Foto: ABR)
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      247 - Em entrevista ao Bom Dia 247, da TV 247, Ricardo Cappelli, presidente da Associação Brasileira do Desenvolvimento Industrial (ABDI) e interventor no Distrito Federal durante os eventos de 8 de janeiro, fez uma análise profunda sobre o cenário político atual do Brasil. Ao avaliar os resultados das recentes eleições municipais, Cappelli destacou o crescimento expressivo dos partidos de centro-direita e direita, que conquistaram cerca de 72% das prefeituras no país. “Esses partidos avançaram significativamente em cidades com mais de 200 mil eleitores, inclusive nas capitais do Nordeste”, observou.

      Cappelli atribui o fortalecimento desse campo político a uma desconexão da esquerda com as pautas mais relevantes para a população. Ele criticou o que chamou de "foco exacerbado em questões identitárias", que, segundo ele, não são históricas da esquerda no Brasil. “A questão do identitarismo é recente e nunca foi central para a esquerda brasileira. A esquerda sempre se pautou pela luta de classes e pelo desenvolvimento econômico, focando em políticas públicas universais”, argumentou.

      Ao longo da entrevista, Cappelli apontou que temas como segurança pública e desenvolvimento econômico ganharam centralidade no debate político atual. Ele mencionou, por exemplo, a fala do prefeito Eduardo Paes, que destacou a importância de “concentrar o campo na proximidade com o eleitor, entregando serviços públicos de qualidade e atendendo às necessidades objetivas da população”. Para Cappelli, esse tipo de posicionamento é essencial para reconectar a esquerda com a base popular.

      Uma nova dinâmica partidária

      Cappelli também comentou a possível reorganização do quadro partidário no Brasil, mencionando que apenas oito partidos concentram mais de 82% das prefeituras eleitas. Para ele, essa tendência pode indicar uma consolidação futura do sistema político com menos partidos atuando de forma mais centralizada. “É um bom aspecto para a estabilização do quadro político no Brasil”, afirmou.

      O presidente da ABDI enfatizou ainda que a esquerda precisa “ampliar suas bandeiras” e focar no desenvolvimento econômico para atrair a maioria da população. Ele alertou que a extrema-direita tem utilizado pautas comportamentais e o discurso antissistema para mobilizar eleitores insatisfeitos, especialmente em áreas periféricas. “O que é ser de esquerda? É defender o universalismo das políticas públicas, combater a concentração de renda e o rentismo. Essas são as bandeiras que precisam ser resgatadas”, concluiu. Assista: 

       

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