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      “Reestatização da BR Distribuidora é essencial para baixar o preço dos combustíveis”, afirma Deyvid Bacelar

      Dirigente da FUP defende retorno da Petrobras à distribuição para reduzir preços e fortalecer o papel estatal no setor

      (Foto: Divulgação)
      Dafne Ashton avatar
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      247 - Em participação no programa Bom Dia 247, o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, criticou a entrega de áreas estratégicas de petróleo à iniciativa privada e defendeu a reestatização da BR Distribuidora como medida fundamental para reduzir os preços dos combustíveis no Brasil.

      Bacelar explicou que a FUP ingressou com uma ação popular para tentar suspender o leilão de 47 blocos de exploração de petróleo na margem equatorial, marcado para 17 de junho, por decisão da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Segundo ele, a iniciativa é contraditória, já que o Ibama negou o licenciamento ambiental para um poço pioneiro da Petrobras na mesma região, ao mesmo tempo em que a ANP autorizou o leilão a empresas estrangeiras. “Há uma incoerência nessa decisão que foi tomada pelo IBAMA com a decisão tomada recentemente pela ANP”, afirmou.

      O dirigente criticou o modelo de concessão adotado para o leilão, alegando que a margem equatorial deveria ser considerada uma área estratégica para o país, o que exigiria o regime de partilha de produção. Ele explicou que, sob o regime de concessão, o petróleo extraído torna-se propriedade da empresa vencedora, enquanto, no modelo de partilha, o óleo lucro é destinado à União, com recursos carimbados para áreas como saúde, educação e combate às mudanças climáticas. “Não podemos correr o risco de uma área tão importante como essa ser entregue à iniciativa privada”, advertiu. Bacelar defende que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) intervenha para reconhecer a região como estratégica.

      Durante a entrevista, ele também comentou a recente redução de R$ 0,17 no preço da gasolina nas refinarias da Petrobras e observou que o corte não chegou ao consumidor final. Para Bacelar, isso se deve à ausência da estatal no setor de distribuição, após a privatização da BR Distribuidora — atual Vibra — e da Liquigás. Ele criticou o uso indevido da marca Petrobras por postos que, na prática, não são mais operados pela estatal. “A marca é Petrobras, mas na verdade não é Petrobras. Você está ajudando a Vibra, que tem diversos acionistas, inclusive estrangeiros”, explicou.

      O coordenador da FUP lembrou que, antes da privatização, a presença da Petrobras na distribuição garantia que as reduções de preços nas refinarias fossem readas aos consumidores. “A BR Distribuidora e a Liquigás tinham entre 30% e 40% do mercado brasileiro. Elas forçavam as outras distribuidoras a também reduzirem seus preços”, afirmou. Para ele, a ausência da Petrobras no segmento compromete a eficácia da política de preços da estatal e prejudica a população.

      Bacelar destacou ainda que a retomada da atuação da Petrobras na distribuição de combustíveis foi discutida durante o governo de transição e incorporada ao programa de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, segundo ele, ainda não houve ações concretas nesse sentido. “Estamos falando do oitavo maior mercado consumidor de combustíveis do mundo. Será que isso não é importante para a Petrobras?”, questionou. Apesar de perceber disposição da atual presidente da estatal, Magda Chambriard, ele ressaltou que “as ações ainda não vieram”.

      Ele também mencionou que o contrato que autorizava o uso da marca Petrobras nos postos já não foi renovado nesta gestão, o que indica uma mudança de postura em relação à herança privatista. “Eles sabem muito bem que o que vende é a marca Petrobras, é a marca Lubrax, é a marca BR Mania”, observou. Assista: 

       

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