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      Para Adalberto Cardoso, “consumo é a solução” para o Brasil e congelar salário-mínimo é “falácia do mercado”

      Sociólogo critica Armínio Fraga e defende que valorização do trabalho impulsiona crescimento e reduz desigualdade

      (Foto: Reprodução )
      Dafne Ashton avatar
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      O programa Denise Assis Convida levou ao ar uma entrevista com uma das maiores referências nos estudos sobre o mundo do trabalho no Brasil: o sociólogo Adalberto Cardoso. Doutor em Sociologia pela USP e professor titular do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da UERJ (IESP-UERJ), Cardoso possui uma vasta produção acadêmica, com mais de 20 livros publicados. Entre eles, destaca-se Negociação coletiva no Brasil (2024). Para este ano, ele prepara a terceira edição da obra A construção da sociedade do trabalho no Brasil: uma investigação sobre a persistência secular das desigualdades.

      Durante a conversa, o professor abordou temas centrais para a economia brasileira, com ênfase na redução das desigualdades e na importância do aumento do consumo como estratégia de crescimento. “Esses estudiosos e analistas importam conceitos neoliberais que não cabem na realidade brasileira. O nosso consumo, pelo contrário, gera desenvolvimento sustentável”, afirmou.

      Embora tenha ressaltado que não pretendia demonizar ninguém, Cardoso criticou a proposta do economista Armínio Fraga, que defendeu publicamente o congelamento do salário-mínimo por seis anos. “É uma falácia do mercado financeiro”, declarou. Segundo ele, essa proposta está completamente deslocada da realidade social do país. A menção a Fraga, ex-presidente do Banco Central durante o governo Fernando Henrique Cardoso, foi motivada por recentes entrevistas do economista, que voltou a afirmar que, sem o congelamento do salário-mínimo, as contas públicas brasileiras se tornariam inviáveis.

      Cardoso ainda destacou que Fraga é um grande investidor, o que, em sua visão, reforça o viés pró-mercado da proposta. Na sequência, criticou a reforma trabalhista promovida durante o governo de Michel Temer, cujos efeitos, segundo ele, ainda impactam negativamente a população mais pobre. “Temer congelou o crescimento dos salários implantando sua política neoliberal. O resultado foi uma enorme concentração de rendas para os ricos e perdas para os pobres”, apontou.

      Na avaliação do sociólogo, os dados divulgados pelo IBGE na sexta-feira (9), que indicaram uma redução da pobreza em 6,8%, resultaram de políticas acertadas no terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “É uma política positiva, que está levando a erros dos que apostam em crescimento em torno de um ou dois por cento. Quando vem o resultado se vê que o crescimento está batendo na casa dos 4%”, explicou.

      Segundo Cardoso, esse desempenho está diretamente ligado à valorização do trabalho e ao aumento da renda per capita, que apresentou alta de 47%, conforme estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV). “Estamos com bons índices de crescimento e pleno emprego”, celebrou. Assista: 

       

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