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      "O 'modelo Bukele' ganha adeptos e pode ser decisivo nas eleições de 2026", alerta João Cezar de Castro Rocha

      Para o professor, as práticas autoritárias se transformaram num “modelo Bukele” que vai da militarização à suspensão de direitos

      (Foto: Divulgação )

      247 - Em entrevista ao Boa Noite 247, o professor João Cezar de Castro Rocha alertou para o crescimento da influência do presidente de El Salvador, Nayib Bukele, no debate sobre segurança pública no Brasil. Segundo ele, não se trata apenas de uma referência internacional, mas de um modelo autoritário que já encontra eco direto entre políticos brasileiros — e que pode desempenhar um papel central nas eleições de 2026.

      “Precisamos falar sobre Nayib Bukele. Ele será um nome decisivo no ano que vem no Brasil”, afirmou João Cezar. O presidente salvadorenho ascendeu ao poder com um discurso duro contra o crime, resumido na máxima conhecida no Brasil como “bandido bom é bandido morto”. Com apoio massivo nas urnas, Bukele implantou presídios de segurança máxima como o CECOT — Centro de Confinamento do Terrorismo — onde direitos humanos são flagrantemente desrespeitados.

      “É importante reconhecer as gangues de El Salvador como terrorismo. Mas isso não justifica o que se tornou uma prisão fora dos parâmetros mínimos de dignidade”, explicou o professor. A popularidade de Bukele, impulsionada pela queda nas taxas de homicídio, abriu espaço para sua reeleição — conquistada com 81% dos votos após uma mudança constitucional. “Ele fez o que Orbán, Trump, Bolsonaro e agora Milei tentam fazer: manipular as regras do jogo para se manter no poder”, destaou.

      O modelo salvadorenho já começa a ser citado por políticos brasileiros. Guilherme Derrite, secretário de Segurança de São Paulo, elogiou Bukele em entrevista recente à Folha de S.Paulo. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, também já declarou que a polícia goiana se inspira nesse paradigma. Até o prefeito do Rio, Eduardo Paes, planeja visitá-lo.

      Enquanto isso, episódios de violência policial no Brasil — como o assassinato de um vendedor senegalês, o tiro contra um estudante de medicina peruano, e o caso de um homem jogado de uma ponte — revelam o avanço de uma política de segurança pública baseada no uso indiscriminado da força. “Essas cenas fazem parte de um mesmo script: a militarização como forma de naturalizar a violência estatal”, denuncia João Cezar.

      Na visão do professor, nomes como Tarcísio de Freitas e Derrite não apenas apoiam, mas promovem essa política. “Eles coadunam com a lógica da força bruta como forma de governo, normalizando práticas que flertam com o fascismo.”

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