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      "O Brasil tem uma dívida histórica que precisa ser cobrada: sem justiça, não há democracia plena", diz Arnóbio Rocha

      Os advogados Arnóbio Rocha e Ecila Meneses debatem o impacto histórico e político de um filme que resgatou a memória do autoritarismo no Brasil

      (Foto: Divulgação)
      Dafne Ashton avatar
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      247 – Durante o programa Boa Noite 247, os advogados Arnóbio Rocha e Ecila Meneses abordaram o impacto histórico e político de um filme que reacendeu o debate sobre os horrores da ditadura militar no Brasil. Para Ecila Meneses, que além de jurista é atriz, a obra vai além da política: “O filme fala de dor. Ele mostra uma família destruída não apenas pela perda de um ente querido, mas pela violência do desaparecimento e do silenciamento imposto pelo regime”. Segundo ela, a produção toca profundamente tanto aqueles que viveram os anos de chumbo quanto os que herdaram esse trauma geracional.

      Arnóbio Rocha destacou a força do resgate histórico promovido pela obra: “Raramente se consegue uma construção tão impactante. O filme traz à luz aquilo que os bolsonaristas e os fascistas querem esconder: que a ditadura não foi um tempo de valentia, mas de covardia e crueldade. Ditadura é coisa de gente degenerada”.

      Os advogados também discutiram a relação entre memória histórica e o atual momento político do Brasil. Para Ecila, a juventude está cada vez mais consciente da necessidade de justiça histórica, o que se reflete em manifestações e mobilizações em todo o país: “Hoje, não se canta apenas samba no Carnaval, se canta 'Sem anistia' de norte a sul do Brasil. Isso é um sinal de que a memória resiste e de que ainda há uma conta a acertar com a história”.

      Arnóbio Rocha ampliou a discussão para os reflexos recentes do autoritarismo no país, citando a pandemia como um dos exemplos mais cruéis da negligência do Estado: “Distribuíram cloroquina aos milhões enquanto pessoas morriam sem oxigênio em Manaus. A falta de dignidade em enterrar os mortos, a pressão para um novo golpe dentro das instituições militares, tudo isso nos mostra que a história da violência política no Brasil não está tão distante assim”.

      Os advogados também destacaram o papel do cinema como ferramenta de reflexão política e social. Para Ecila, a arte tem o poder de provocar emoções e debates que vão além das discussões racionais: “O impacto que essa história está causando mostra o quanto ainda precisamos falar sobre o que aconteceu no Brasil”.

      Com forte engajamento do público e repercussão crescente, a produção cinematográfica discutida no programa se consolidou como um marco na disputa pela memória histórica do país. Para Arnóbio Rocha, a anistia irrestrita concedida aos agentes da ditadura precisa ser revisitada e, acima de tudo, questionada: “O Brasil tem uma dívida histórica e precisa encarar essa realidade. Sem justiça, não há democracia plena”. Assista: 

       

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