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      “Nós governamos o sistema, mas não somos o sistema”, diz Genoino

      Ex-presidente do PT defende inflexão à esquerda no governo Lula e critica tentativas de conciliação com mídia, mercado e centrão

      (Foto: Brasil247)
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      247 - Durante participação no programa Bom Dia 247, o ex-deputado federal e ex-presidente do PT, José Genoino, afirmou que o governo Lula precisa realizar uma mudança clara de rumo político, abandonando a lógica de conciliação com o sistema e enfrentando de forma direta os interesses da grande mídia, do mercado financeiro e do centrão. Segundo ele, não se trata apenas de melhorar a comunicação institucional, mas de definir uma orientação política que dialogue com a base popular e enfrente os setores que buscam enfraquecer o governo. “O problema não é de técnica de comunicação, é de orientação política. Nós não podemos achar que vamos vencer apenas governando palácios. O governo precisa ir para a rua, disputar, polarizar, fazer enfrentamento”, defendeu.

      Genoino criticou o que classificou como “ingenuidade” de integrantes do governo, que mantêm expectativas de diálogo harmonioso com os meios de comunicação e o sistema político tradicional. “Tem gente do governo que gosta de uma fonte, de um vazamento. Tem que acabar com essa ingenuidade”, afirmou. Para ele, o Partido dos Trabalhadores deve ter clareza de que não foi criado para se adaptar às estruturas de poder, mas para transformá-las. “Nós governamos o sistema, mas não somos o sistema. Nós nascemos como alternativa a ele. O sistema é escravocrata, patriarcal, autoritário. E quer nos domesticar.”

      Ao defender um giro à esquerda, Genoino destacou a necessidade de pautar temas como o fim da jornada de trabalho 6x1, a isenção do imposto de renda para salários até R$ 7 mil, a taxação dos super-ricos e a preservação dos pisos constitucionais da saúde, da educação e do salário mínimo. Para ele, essas são pautas fundamentais para reafirmar o compromisso com o povo e confrontar os interesses do sistema financeiro. “Precisamos enfrentar o credo do sistema financeiro que quer desmontar essas garantias.”

      Genoino advertiu ainda sobre os riscos de o governo Lula ser associado ao status quo, o que, segundo ele, gera desgaste político. “Quando a população começa a ver o governo Lula como parte do sistema, ele se desgasta. Precisamos mostrar que estamos do outro lado.” Ele defendeu que o apoio ao presidente deve vir acompanhado de mobilização, pressão e fiscalização: “O Lula é a possibilidade que temos de derrotar a direita. Precisamos apoiá-lo pressionando, exigindo, fiscalizando. Não é só bater palma.”

      Para isso, Genoino ressaltou a importância da mobilização social permanente, com plenárias, visitas e organização popular. Ele destacou, inclusive, o plebiscito popular previsto para setembro como uma ferramenta essencial para fortalecer a agenda progressista. “Precisamos dar concretude a essas bandeiras para que a população perceba que estamos querendo transformar.”

      Na avaliação do dirigente, a campanha presidencial de 2026 já está em curso e a direita se articula antecipadamente para consolidar uma alternativa. “Estão pressionando para o governador de São Paulo ser candidato, estão explorando a idade do Lula, criando narrativas negativas. A campanha de 2026 já começou.” Por isso, Genoino defendeu que o governo e o PT assumam um papel mais ativo na disputa política, inclusive no campo da comunicação. “Temos que construir nossa própria comunicação. A grande mídia não vai fazer isso por nós. Ela é um instrumento de guerra.” Assista: 

       

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