window.dataLayer = window.dataLayer || []; window.dataLayer.push({ 'event': 'author_view', 'author': 'Dafne Ashton', 'page_url': '/entrevistas/foi-uma-derrota-cultural-e-moral-brutal-do-sionismo-no-oscar-diz-breno-altman' });
TV 247 logo
      HOME > Entrevistas

      "Foi uma derrota cultural e moral brutal do sionismo no Oscar", diz Breno Altman

      Oscar 2025 expõe derrota cultural e moral do sionismo, afirma Breno Altman

      (Foto: Reuters | Brasil247)
      Dafne Ashton avatar
      Conteúdo postado por:

      247 – A premiação do Oscar 2025 surpreendeu o público ao reconhecer dois filmes que fazem críticas contundentes à política externa dos Estados Unidos e ao regime israelense. Em um debate no programa Bom Dia 247, o jornalista Breno Altman classificou o evento como uma "derrota cultural e moral brutal do sionismo", destacando que a vitória das produções No Other Land e Ainda Estou Aqui representa um marco na indústria cinematográfica."Bolsonaristas e sionistas foram dormir amargurados", declarou Altman ao comentar o impacto da premiação, que destacou No Other Land, documentário que retrata a ocupação israelense na Cisjordânia, e Ainda Estou Aqui, que denuncia a ditadura militar brasileira e sua relação com os Estados Unidos. O jornalista ressaltou a raridade de uma edição do Oscar premiar duas obras que confrontam narrativas historicamente reforçadas por Hollywood.Segundo Altman, a vitória desses filmes evidencia uma fissura no controle ideológico da indústria cinematográfica americana. Ele mencionou o conceito de hasbara—estratégia de propaganda utilizada pelo Estado de Israel para consolidar sua narrativa no cenário internacional—e apontou que Hollywood sempre foi um pilar dessa política. "Temos milhares de filmes sobre o Holocausto judaico, mas não há um só sobre a Nakba palestina", criticou, referindo-se à expulsão e deslocamento em massa de palestinos em 1948.A reação dos cineastas premiados também chamou atenção. O diretor de No Other Land, mesmo sendo israelense e judeu, reconheceu em seu discurso que há uma diferença de tratamento entre ele e seus colegas palestinos. Para Altman, esse reconhecimento público no palco do Oscar simboliza uma mudança de percepção sobre o regime israelense.

      Um protesto simbólico contra o cerco em Gaza

      Altman associou a premiação ao contexto geopolítico atual, mencionando que o evento ocorreu em um momento crítico para a Palestina. "Isso acontece enquanto Israel está prestes a romper o cessar-fogo e impõe um novo cerco genocida à Faixa de Gaza", afirmou. Ele avaliou a escolha da Academia como um protesto indireto contra a ofensiva israelense e um sinal de crescente isolamento do regime sionista no cenário internacional.

      O jornalista enfatizou que, historicamente, regimes racistas e autoritários precisam ser desmoralizados cultural e moralmente antes de serem derrotados militarmente. Comparando a situação atual ao desmonte do nazismo antes da Segunda Guerra Mundial, Altman sustentou que a crescente solidariedade à Palestina e o enfraquecimento do apoio a Israel podem ser indicativos de uma mudança no equilíbrio de forças.

      "Cada vez mais, a causa palestina tem apoio e o regime sionista está mais isolado", disse. Segundo ele, a vitória militar só ocorre quando um regime perde sua legitimidade global, e é isso que estaria acontecendo com Israel desde os ataques de 7 de outubro de 2023. "Nenhum regime é abatido apenas por tiros. Antes, ele precisa ser desmoralizado", completou.

      Hollywood como termômetro das mudanças globais

      Para Altman, a vitória dos documentários no Oscar 2024 demonstra que até mesmo um dos centros da propaganda ocidental—Hollywood—está começando a reconhecer as críticas ao sionismo e à influência dos Estados Unidos em regimes autoritários. "O Oscar de ontem à noite marca o isolamento do sionismo e a solidariedade à causa palestina", concluiu.

      A mudança no tom da indústria cinematográfica pode refletir um deslocamento mais amplo nas relações internacionais, à medida que Israel enfrenta condenações crescentes por sua atuação na Palestina. A premiação de filmes críticos ao sionismo e à ditadura militar brasileira, ambos historicamente amparados pelos EUA, pode indicar uma nova fase na forma como a política internacional é retratada no cinema e percebida pelo público global. Assista: 

      ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].

      ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

      Rumo ao tri: Brasil 247 concorre ao Prêmio iBest 2025 e jornalistas da equipe também disputam categorias

      Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

      Cortes 247

      Relacionados