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      "Essa lei extingue professores e substitui por computadores", critica liderança indígena sobre Lei 10.820

      Walter Kumaruara denuncia impactos da Lei 10.820 na educação do Pará e critica falta de diálogo com comunidades afetadas

      (Foto: Divulgação | Rodolfo Oliveira/Agência Pará)
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      247 - A luta dos povos indígenas e demais populações tradicionais do Pará contra a Lei 10.820 vem se intensificando. O movimento, que já dura mais de quinze dias, ganhou destaque na entrevista concedida pelo educomunicador Walter Kumaruara ao programa Boa Noite 247. Durante a conversa, Kumaruara detalhou os impactos da nova legislação, criticou a falta de consulta às comunidades e denunciou a precarização da educação no estado.

      "Aqui na BR, não estamos negociando, pois as decisões precisam ser tomadas em Belém. A revogação da Lei 10.820 e a exoneração do atual secretário Rossieli Soares são fundamentais para avançarmos", afirmou Kumaruara. Segundo ele, a medida fere princípios constitucionais e representa um ataque às comunidades indígenas, quilombolas e rurais do estado.

      A lei foi aprovada em 2024 sem qualquer consulta prévia às comunidades afetadas. "Para nós, povos indígenas, sempre consultamos nossas comunidades antes de qualquer mudança, e isso não aconteceu", explicou Kumaruara. A norma substitui professores por tecnologia, o que, na avaliação do líder indígena, compromete o ensino nas regiões mais afastadas. "No Pará, muitas regiões possuem idiomas próprios, e colocar um computador em Belém para ensinar estudantes de diferentes povos é ineficaz."

      Ele também denunciou a falta de infraestrutura educacional nas regiões mais isoladas. "Alguns territórios exigem gastos de três a quatro mil reais apenas para serem ados. Como construir escolas nesses locais sem apoio"> if (googletag && googletag.apiReady) { googletag.cmd.push(() => { googletag.display(id); }); }

      A mobilização já conta com apoio de professores, que também decretaram greve contra as mudanças impostas. "A luta não é apenas dos povos indígenas, mas somos nós que estamos enfrentando a linha de frente", destacou Kumaruara. Ele também criticou a postura do governo estadual, que tem se recusado a abrir espaço para negociação. "Helder Barbalho chegou a se exaltar com as lideranças, e entendemos que não haveria conversa produtiva."

      A estratégia do movimento tem sido utilizar as redes sociais para ampliar a mobilização. "A mídia local não cobre a ocupação da BR", denunciou. Influenciadores e artistas têm aderido à causa, incluindo Dira Paes e Anitta. "Precisamos que mais figuras públicas usem suas redes para divulgar a situação", finalizou Kumaruara.

      A luta dos povos indígenas e quilombolas contra a precarização da educação no Pará continua, e os manifestantes garantem que permanecerão mobilizados até que suas reivindicações sejam atendidas. Assista: 

       

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