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      "Eles criticaram quando Dilma colocou dinheiro no BNDES, mas foram esses recursos que salvaram a economia", diz Pansera

      Ação estratégica dos bancos públicos garantiu estabilidade econômica em meio a crises pós golpe contra Dilma

      (Foto: Abr)
      Dafne Ashton avatar
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      247 - Em uma entrevista exclusiva à TV 247, o presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), Celso Pansera, revelou como a política de capitalização do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) durante o governo Dilma Rousseff foi decisiva para garantir a estabilidade econômica nos governos subsequentes de Michel Temer e Jair Bolsonaro. A reportagem destacou o papel estratégico dos bancos públicos na manutenção do crescimento econômico do Brasil, especialmente em tempos de crise e juros altos.

      Uma política criticada, mas essencial

      Segundo Pansera, a capitalização do BNDES durante o governo Dilma Rousseff, no valor de R$ 300 bilhões, foi amplamente criticada na época e usada como argumento para o impeachment da ex-presidente. No entanto, os recursos injetados no banco permitiram a sobrevivência econômica do Brasil em anos posteriores. Entre 2016 e 2022, quase R$ 700 bilhões foram devolvidos ao governo federal pelo BNDES, fruto dos investimentos feitos ainda na gestão de Dilma. Esses recursos ajudaram a estabilizar as contas públicas nos governos Temer e Bolsonaro.

      "Eles criticaram quando Dilma colocou dinheiro no BNDES, mas foram justamente esses recursos que salvaram a economia nos anos seguintes", afirmou Pancera. "Sem esse capital, o país teria enfrentado uma crise econômica ainda mais profunda."

      Bancos públicos como motores econômicos

      Pansera ressaltou o papel crucial dos bancos públicos no Brasil, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES. Esses bancos garantem crédito a juros mais baixos e prazos de pagamento mais longos, impulsionando setores estratégicos como agricultura, indústria e infraestrutura.

      "Se você fala de financiamento de safra, desenvolvimento industrial ou obras de infraestrutura, são sempre os bancos públicos que estão por trás, assegurando a continuidade econômica", explicou.

      Contradições e impactos políticos

      Durante a entrevista, Pansera relembrou como o governo Temer utilizou os recursos devolvidos pelo BNDES para cobrir déficits fiscais e evitar novas crises políticas e econômicas. O mesmo ocorreu na gestão de Bolsonaro, que também usufruiu das devoluções do banco, mesmo mantendo um discurso de desvalorização das políticas públicas anteriores.

      "Eles financiaram o que criticaram", destacou o presidente da ABDE. "Usaram os recursos para equilibrar as contas públicas, algo que a gestão Dilma foi duramente atacada por fazer."

      Ciência, inovação e soberania tecnológica

      Outro ponto relevante abordado foi o impacto dos investimentos públicos em ciência e tecnologia. Pansera mencionou programas essenciais como a retomada da produção de satélites brasileiros, pesquisa de vacinas e desenvolvimento de novas tecnologias para setores estratégicos.

      "Precisamos ter soberania tecnológica para não depender de grandes empresas estrangeiras como a Starlink. O Brasil tem inteligência e mercado para isso, só precisamos garantir investimentos contínuos", explicou.

      Legado e perspectiva futura

      A entrevista concluiu destacando que a estratégia de financiar bancos públicos e estimular o desenvolvimento científico ajudou a evitar uma crise econômica mais grave e abriu caminhos para que o Brasil continue investindo em ciência, indústria e tecnologia.

      "Se não houvesse essa política de financiamento de longo prazo, não teríamos avançado na produção científica, tecnológica e industrial do país. A economia não se desenvolve sem ciência e crédito de qualidade", concluiu Pansera. Assista: 

       

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