“É uma ditadura", diz Gisele Ricobom sobre os EUA de Trump
Advogada denuncia perseguição a migrantes e censura em universidades nos EUA e compara políticas de Trump ao regime nazista
247 - A advogada Gisele Ricobom criticou duramente a condução do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em especial no que se refere à política migratória e à repressão a manifestações de apoio aos palestinos em universidades americanas. Em entrevista ao Boa Noite 247, Ricobom afirmou: “É uma ditadura. Não tem outra palavra. Dizer que é governo autoritário é até bonito”.
Segundo a jurista, medidas adotadas pela istração Trump, como a deportação sumária de migrantes legais e ilegais, a criminalização da imigração irregular e a repressão a estudantes contrários ao massacre em Gaza, remontam aos métodos adotados pelo regime nazista. “Uma das primeiras ações do governo nazista foi retirar o status de cidadania. Muitas vezes você não muda a lei, mas cria condições para que determinadas pessoas percam a proteção legal”, declarou.
Ricobom destacou que o governo dos Estados Unidos estaria utilizando decretos para retirar direitos de migrantes com documentação regular. “Estamos retirando o status de cidadania de migrantes legais, com visto, autorizados pelo próprio Estado. Isso é assustador”, afirmou. Ela lembrou que logo após tomar posse, Trump editou oito decretos voltados à repressão da imigração e redefiniu o ato de migrar ilegalmente como crime, o que, segundo a advogada, permite abusos de poder: “A imigração irregular não é crime, é uma situação istrativa. Mas ao criminalizá-la, ele abre caminho para perseguições”.
A advogada também mencionou um caso recente noticiado pelo New York Times, em que um estudante palestino foi preso em um centro de imigração pouco antes de obter a cidadania. “Sumiram com o jovem. Um juiz teve que intervir para soltá-lo. A alegação era que ele era contrário ao massacre em Gaza”, contou.
Ela criticou ainda a imposição de regras autoritárias às universidades. “Trump determinou que as universidades não podem itir discursos pró-Palestina, sob pena de perder financiamento. Exigiu que entregassem listas com nomes de migrantes. Isso é uma ditadura, com total desrespeito à justiça, e perseguição até a juízes e promotores que contestam essas medidas”, afirmou.
Gisele Ricobom associou esse cenário à ascensão de governos autoritários em diversas partes do mundo. “Esses autocratas que surgem repetem um modelo nazista de perseguição. Estão promovendo um sequestro da cidadania, criminalizando estudantes e migrantes com apoio de forças policiais, usando leis ultraadas, como a do inimigo estrangeiro, para burlar o sistema de justiça. É um estado absolutamente autoritário”. Assista:
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