“É inconcebível que uma empresa estrangeira venha dar opinião sobre os problemas brasileiros”, diz Folena sobre Elon Musk

247 – No programa Boa Noite 247, o jurista Jorge Folena criticou a atuação de Elon Musk e sua empresa no Brasil, abordando a recente decisão de encerrar operações no país. Folena afirmou que é "inconcebível que qualquer pessoa estrangeira, uma empresa estrangeira, uma organização estrangeira, venha aqui no Brasil dar opinião sobre os problemas brasileiros". Ele ressaltou que os desafios enfrentados pelo país devem ser resolvidos pela população e pelas instituições brasileiras.

Folena também comentou sobre as ações recentes de Musk, classificando-as como "inissíveis" e parte de "um jogo de retórica" para tentar salvar o ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo o jurista, "os fascistas do Brasil e os fascistas no exterior estão trabalhando sistematicamente para tentar aliviar a barra para Bolsonaro, tentar buscar uma anistia". Ele mencionou que Musk tem atacado o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o ministro Alexandre de Moraes, além de não cumprir as decisões judiciais do Tribunal.

Para Folena, "o que está em jogo é o enfrentamento ao fascismo no Brasil". Ele elogiou o posicionamento de parte dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que, em sua visão, têm se colocado contra o fascismo em defesa da ordem democrática. "As decisões do ministro Alexandre de Moraes têm que ser cumpridas", enfatizou.

O jurista também abordou a questão da soberania nacional, afirmando que "se o Elon Musk não quer mais operar no Brasil, que vá embora do Brasil". Ele argumentou que é juridicamente inconcebível uma empresa operar no território nacional sem estabelecer-se fisicamente no país. "Se ele não quer trabalhar no Brasil, é um direito que ele tem como empresário, mas que também não possa utilizar a rede mundial de computadores, como ele tem usado pelo Twitter", declarou Folena, reforçando que o Supremo Tribunal Federal está no caminho certo ao impor sanções à empresa.

O contexto da entrevista de Folena inclui a decisão da plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter, de encerrar suas operações no Brasil, em resposta às multas impostas pelo ministro Alexandre de Moraes por não cumprimento de decisões judiciais. Assista: