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      Consumo sem fim: como os algoritmos contribuem para a destruição do planeta?

      Novo documentário "A Conspiração Consumista" chega à Netflix com críticas ao consumismo, as novas táticas do marketing e o ciclo de vida dos produtos

      (Foto: ABR)
      Dafne Ashton avatar
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      Beatriz Bevilaqua, 247 - O recém-lançado documentário "A Conspiração Consumista", da Netflix, é um verdadeiro soco no estômago dos consumidores impulsivos, que muitas vezes nem percebem a manipulação algorítmica por trás de suas escolhas. Esse jogo invisível cria uma sensação constante de escassez e necessidade, fazendo com que as pessoas se sintam obrigadas a consumir mais e mais. Hoje, com apenas um clique e um cartão de crédito, temos ao alcance da mão tudo o que desejamos – mas o custo disso vai muito além do valor monetário.

      Dirigido pela premiada Nic Stacey, indicada ao Emmy, o documentário revela os bastidores surpreendentes que poucos imaginam. Entre os depoimentos impactantes, destaca-se o de Maren Costa, ex-funcionária da Amazon, que desempenhou um papel crucial na criação das primeiras interfaces de compras online da empresa. Hoje, ela é uma das vozes mais ferrenhas em relação à uma das práticas mais absurdas da Amazon: a queima de milhares de produtos novos nos depósitos. Esse desperdício ecológico ocorre para evitar custos com armazenamento ou a devolução desses itens aos seus países de origem.

      Além disso, os números apresentados no documentário são alarmantes. Em média, 13 milhões de celulares são descartados a cada dia, e gigantes como a Apple dificultam ainda mais a situação ao proibir o conserto de iPhones. Para isso, chegam a modificar modelos de parafusos, tornando impossível o reparo com ferramentas comuns e forçando os consumidores a adquirir novos aparelhos.

      O documentário também aborda o conceito de "greenwashing", uma prática em que empresas ou organizações se am por ambientalmente responsáveis, usando marketing e publicidade para criar uma imagem de sustentabilidade, enquanto, na realidade, estão longe de adotar práticas ecológicas genuínas.

      No episódio “Mentira Verde e Corrupção Internacional”, na TV 247, trago uma entrevista exclusiva com Antonio Elian Lawand, advogado, professor universitário e um dos maiores especialistas brasileiros nesta temática. Durante a conversa, discutimos o impacto para a população, como podemos identificar estas empresas, fiscalizações e punições necessárias pelo mundo afora.

      Segundo estimativas, a indústria varejista é responsável por um quarto das emissões globais de gases de efeito estufa. Na obra da Netflix, somos confrontados com a realidade de que algumas das marcas mais famosas do mundo, especialmente no setor da moda, enviam seus resíduos para países em desenvolvimento, onde a fiscalização é quase inexistente. Essa estratégia serve como uma forma de esconder o problema, evitando multas e crises de imagem. O que não é visível, aparentemente, não existe. Dessa maneira, as empresas conseguem continuar a agradar seus consumidores, promovendo uma falsa imagem de responsabilidade socioambiental, enquanto, na verdade, cometem uma fraude.

      No documentário, ex-diretores de grandes empresas como Google, Unilever e Adidas alertam sobre os riscos que estamos impondo às próximas gerações se continuarmos nesse caminho adotando práticas antiéticas, com uso de alta tecnologia e sem se responsabilizar pelo destino e pelo ciclo de vida dos produtos. O futuro do nosso planeta depende de mudanças reais e não de mais mentiras inventadas pelas maiores empresas do mundo.

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