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      Chloé Pinheiro: Bolsonaro usou cloroquina como arma política

      Coautora do livro Cloroquination diz que presidente praticou populismo médico, oferecendo soluções rápidas e fáceis para uma pandemia complexa; veja vídeo na íntegra

      Chloé Pinheiro e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/Twitter | ABR)

      Opera Mundi - “O Brasil só se tornou este antro de medicamentos ineficazes porque a saúde foi levada para a esfera política”, afirmou a jornalista Chloé Pinheiro, especializada em saúde e ciência, no programa 20 MINUTOS nesta quarta-feira (24/08), com Breno Altman. 

      Coautora do livro Cloroquination: Como o Brasil se tornou o país da cloroquina e de outras falsas curas para a covid-19, que será lançado em setembro, ela sustenta que o presidente combate ao novo coroanvírus, como arma política.

      Para a jornalista, ao utilizar dessa forma, transformou a politização da saúde, por parte do bolsonarismo, em campanhas pelo uso de cloroquina e ivermectina e em posicionamentos negacionistas em relação à vacinação contra a covid-19.

      “Essa desinformação circulou nas esferas políticas. Muitos médicos ‘cloroquiners’ acusam a gente de ter politizado os medicamentos, mas todos os canais e principais atores são bolsonaristas também”, denuncia a jornalista, que é repórter da Veja Saúde e do podcast Ciência Suja.

      No comportamento do presidente, a evocação de uma “solução mágica” substituiu medidas e decisões políticas não tomadas, como uma política nacional de isolamento, potencialmente impopulares para ele junto a empresários apoiadores e ao eleitorado seduzido pela extrema direita.

      “A principal motivação de Bolsonaro é política mesmo, o que chamamos de populismo médico, que é oferecer uma solução rápida e fácil para um problema complexo, para o qual ninguém tem respostas, que ainda estão sendo construídas", disse.

      Surpreendentemente, a defesa de tratamentos de ineficácia comprovada conquistou adesão mesmo entre os profissionais de saúde. Entre esses, ela cita a médica Mayra Pinheiro, funcionária do Ministério da Saúde no início da pandemia, que ficou conhecida como “capitã cloroquina”: “o antipetismo sempre foi muito presente na classe médica, o que ficou muito claro com o programa Mais Médicos. Naquela cena do médico cubano chegando ao Brasil, uma das pessoas que gritam ‘volta pra senzala’ é Mayra Pinheiro, que acaba virando a mente por trás da disseminação dos remédios no Ministério da Saúde”.

      Institucionalmente, o próprio Conselho Federal de Medicina (CFM) se alinhou ao obscurantismo, num comportamento que, como lembra Pinheiro, não era característico da entidade. Ela critica o silêncio persistente do conselho frente ao alastramento de práticas anticientíficas por profissionais da medicina: 

      A jornalista relata um caso dramático em sua própria família: sua mãe, enfermeira, converteu-se ao bolsonarismo e não se vacinou. "Escrevi o livro para tentar entender como minha mãe, que me deu todas as vacinas do mundo, virou essa pessoa com quem não há diálogo”, conta. 

      Diante de pergunta de Altman sobre o pano de fundo neoliberal e individualista do negacionismo antivacina do bolsonarismo, Pinheiro sugeriu uma hipótese que classifica como “um pouco mais nefasta”: "percebo uma ligação com a extrema direita, num sentido negativo de não ter políticas públicas gratuitas que salvem vidas de pessoas pobres. Estive em manifestação antivacina, lá tinha um xis que parecia uma suástica, a médica que vende inversão de vacina”.

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