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      "A extrema direita quer fazer o caos": Reimont expõe estratégias da oposição na Comissão de Direitos Humanos

      Deputado afirma que presidência da comissão exige equilíbrio e diálogo diante da maioria bolsonarista

      (Foto: GABRIEL PAIVA)
      Dafne Ashton avatar
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      247 - Em entrevista ao Bom Dia 247, o deputado federal Reimont (PT-RJ) detalhou os desafios e estratégias à frente da Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados. Segundo ele, a atuação da extrema direita dentro da comissão exige uma gestão pautada por firmeza, diálogo e antecipação. “A extrema direita quer fazer o caos”, declarou o parlamentar, ao relatar episódios de provocação e tensionamento promovidos por membros bolsonaristas.

      Reimont explicou que, logo ao assumir a presidência da comissão, buscou construir pontes com os ministérios ligados aos direitos humanos. “Procurei a ministra Macaé Evaristo e a ministra Anielle Franco para que viessem à comissão apresentar os projetos de seus ministérios para 2025”, afirmou. Ele destacou que essa ação estratégica ocorreu antes da ofensiva bolsonarista, que posteriormente apresentou requerimentos para convocar as ministras — segundo ele, numa tentativa de gerar conteúdo para alimentar suas bases nas redes sociais. “A gente se antecipa. Essa é uma das estratégias.”

      Entre outras medidas adotadas, Reimont optou por não transformar a presidência da comissão em um espaço de confronto direto. “Não vou fazer debate político da cadeira de presidente. Quando for necessário, convido o vice a assumir, desço e debato em pé de igualdade com os parlamentares.” Ele afirmou que essa atitude tem sido importante para conter os ânimos e mostrar respeito institucional, sem abrir mão do enfrentamento político necessário.

      O deputado revelou ainda que a comissão vive sob a pressão de uma maioria adversária, composta majoritariamente por parlamentares da extrema direita. Em razão disso, tem sido necessário buscar apoio entre deputados de centro para viabilizar pautas progressistas. “Ainda estamos costurando uma perspectiva de trazer alguns parlamentares mais ao centro para votar conosco e nos ajudar a desembaraçar os projetos.”

      A tensão em torno de temas como política de gênero foi citada como exemplo de resistência conservadora. Reimont mencionou projeto da deputada Benedita da Silva (PT-RJ), relatado por Tadeu Veneri (PT-PR), que trata da questão de gênero e que tem sido alvo de reações exacerbadas. “Quando se fala de gênero, a extrema direita se desespera. Um deputado me procurou dizendo que esse negócio de gênero era projeto da ONU para daqui a pouco irmão casar com irmã”, relatou, apontando o nível de desinformação em circulação entre parlamentares.

      Mesmo diante de obstáculos, o parlamentar defende o compromisso com o diálogo como princípio. “A matemática não é simples, mas é o feijão com arroz: diálogo. Tem palavra, tem escuta. Qualquer deputado que quiser exercer seu direito de fala, terá. Mas, se houver agressão, vamos tomar posições muito firmes.”

      Reimont também recordou um episódio grave de violência na comissão, quando a deputada Luiza Erundina (PSOL-SP) foi agredida e precisou ser hospitalizada. “Disse a eles: ‘Não vou itir ataques a quem quer que seja’. Essa comissão não é lugar para isso.”

      Ao concluir, o deputado avaliou que a condução da Comissão de Direitos Humanos exige equilíbrio constante. “É um processo de equilibrar pratos. Roda o primeiro, quando chega no décimo primeiro já está caindo, aí volta para equilibrar de novo. Não é tarefa fácil. Mas essa também não é uma tarefa só da comissão — é do parlamento brasileiro.” Assista: 

       

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