Trump planeja número recorde de decretos para seu governo
Presidente eleito dos EUA afirmou que ia um número "recorde" de decretos assim que tomar posse, visando reverter políticas promovidas por Biden
247 - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump realiza neste domingo (19) um comício para seus apoiadores em Washington, poucas horas antes de sua posse para um segundo mandato. Segundo a AFP, o evento, que terá início com um jantar após o comício na Capital One Arena, ocorre enquanto o presidente eleito prepara um pacote de decretos e uma forte ação de deportação de migrantes irregulares, começando já no primeiro dia de governo. Festividades começaram no sábado, com fogos de artifício em seu clube de golfe na Virgínia.
Na manhã deste domingo, Trump visitará o Cemitério Nacional de Arlington, antes de se dirigir à arena para seu comício. O jantar que se seguirá marca o início de sua nova jornada política, substituindo Joe Biden, que deixa a Casa Branca após o fim de seu mandato. A cerimônia de posse será realizada no Capitólio, ao contrário do habitual, devido às temperaturas congelantes previstas para a cidade.
Em uma entrevista à NBC News no sábado, Trump afirmou que ia um número "recorde" de decretos assim que tomar posse, visando reverter políticas promovidas por Biden. Um de seus compromissos mais aguardados, e também polêmicos, é a deportação de migrantes em situação irregular, um movimento que promete ser o maior da história dos Estados Unidos. Tom Homan, nomeado czar da fronteira, declarou ao The Washington Post que o novo governo prenderá pessoas consideradas "ameaças à segurança pública", começando desde o primeiro dia.
Kristi Noem, escolhida por Trump para o Departamento de Segurança Interna (DHS), destacou a priorização de "criminosos" e migrantes com "ordens de expulsão definitiva". Durante seu primeiro mandato (2017-2021), Trump fez mudanças significativas no sistema migratório, com 472 alterações istrativas, de acordo com o Instituto de Políticas Migratórias (MPI). Essas ações foram amplamente realizadas por meio de ordens executivas e ajustes técnicos.
Com mais de 11 milhões de migrantes em situação irregular no país, grupos de direitos humanos expressam preocupação sobre o futuro dessa população. Além disso, Trump assumirá a presidência com uma maioria estreita no Congresso, uma Suprema Corte alinhada à direita e um gabinete que demonstrou lealdade a ele. Em um movimento surpreendente, o ex-presidente também lançou sua própria criptomoeda na última sexta-feira.
Enquanto isso, Joe Biden, em sua última jornada antes da posse de Trump, viajará para a Carolina do Sul, onde visitará a igreja de Charleston. Em 2015, um homem branco matou nove paroquianos negros naquele local. Biden aproveitou a visita para falar sobre o legado de Martin Luther King Jr., destacando a luta pelos direitos civis e criticando a formação de uma "oligarquia" que ameaça a democracia no país, uma referência aos magnatas da tecnologia que apoiam Trump, incluindo Elon Musk.
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