Pesquisa revela que 68% dos brasileiros querem comprar ou trocar de carro em 2025
Levantamento da Webmotors mostra que maioria busca seminovos, financiamento parcial é a opção preferida e híbridos e elétricos crescem
247 - O mercado automotivo brasileiro deve seguir aquecido em 2025, impulsionado pelo forte interesse dos consumidores na compra ou troca de veículos. Segundo levantamento da Webmotors, maior ecossistema automotivo do país, 68% dos brasileiros pretendem adquirir um carro neste ano, sendo que 37% planejam fazê-lo ainda no primeiro semestre. Os dados fazem parte da Pesquisa sobre Intenção de Compra, realizada anualmente pela empresa para entender o comportamento do consumidor. A edição deste ano ouviu 2.499 pessoas entre 6 e 17 de janeiro e foi apresentada nesta segunda-feira (10) em evento da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
O estudo revela que o financiamento parcial segue como a principal forma de pagamento escolhida pelos compradores, mencionada por 47% dos entrevistados. Em seguida, aparecem o pagamento à vista (32%), o financiamento total (15%) e o leasing ou consórcio (6%). “Esses dados reforçam a importância de ações de bancos, montadoras e concessionárias que ofereçam vantagens na compra ou troca do automóvel, como bônus na troca pelo usado, pagamento do preço da tabela de mercado ou condições de financiamento favoráveis. Essas iniciativas podem impulsionar a decisão do consumidor pela compra ou troca e fomentar um ambiente mais favorável para esse negócio no país", explica Eduardo Jurcevic, CEO da Webmotors.
Entre os motivos apontados para a aquisição de um novo veículo, a atualização do modelo lidera as respostas (36%), seguida pelo hábito de trocar de carro periodicamente (30%), a condição do automóvel atual (25%), a busca por um modelo mais econômico (14%) e a necessidade de um veículo mais potente (13%). “Mais da metade dos motivos da compra ou troca está ligada a um comportamento cíclico do brasileiro, que gosta de ter na garagem um modelo de carro atualizado. Esse padrão reforça que uma estratégia de fidelização bem estruturada é capaz de garantir uma demanda contínua para as montadoras e concessionárias”, destaca Jurcevic.
Usados e seminovos lideram preferência
O levantamento também mostrou que a maioria dos consumidores pretende investir em veículos seminovos ou usados. Entre os entrevistados que desejam trocar de carro, 66% devem optar por essa categoria, enquanto apenas 17% planejam comprar um 0km. Outros 17% ainda não definiram sua escolha.
No recorte por tipo de veículo, os SUVs continuam sendo os mais desejados pelos brasileiros, com 38% das menções. Apesar da liderança, esse número caiu 4 pontos percentuais em relação à pesquisa de 2024, quando a preferência pelos SUVs era de 42%. Por outro lado, os hatches registraram um aumento na demanda, ando de 17% para 20% das menções, enquanto os sedans permaneceram estáveis, com 26%.
Interesse por híbridos e elétricos cresce, motivado por economia de combustível
O levantamento também destacou o crescente interesse por veículos híbridos e elétricos, impulsionado principalmente pelo custo reduzido com combustível. Entre os entrevistados que consideram essa categoria, 59% apontaram a economia como principal motivo da escolha. Outros fatores citados foram o custo-benefício (51%), design moderno e tecnologia avançada (27%), gosto por novas tecnologias (27%) e preocupação ambiental (21%).
Sobre os preços que os consumidores estão dispostos a pagar por um híbrido ou elétrico, 30% indicaram a faixa entre 150 e 200 mil reais, seguida pela faixa de 100 a 150 mil reais (29%). Outros 13% aceitariam pagar entre 200 e 250 mil reais, enquanto 12% fixaram o teto em 100 mil reais. Modelos acima de 250 mil reais são opção para 16% dos entrevistados, sendo que apenas 6% se mostraram dispostos a investir mais de 300 mil reais.
Com os consumidores cada vez mais atentos a questões como economia, tecnologia e meio ambiente, a expectativa é que o setor automotivo continue registrando bons resultados em 2025, impulsionado tanto pela demanda por seminovos quanto pelo avanço dos elétricos e híbridos no mercado brasileiro.
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