Número de microempresas no Brasil atinge recorde em 2024, com crescimento de 21%

247 - O ano de 2024 marcou um recorde histórico no Brasil para os pequenos empreendimentos. De acordo com levantamento realizado pelo Sebrae com base em dados do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) da Receita Federal, 4.158.122 novos pequenos negócios foram abertos no país. Entre eles, destacam-se as microempresas (ME), que registraram um crescimento de 21% em relação ao ano anterior, totalizando 874 mil novos empreendimentos desse porte.

Esses números não apenas superaram os resultados de 2023 em mais de 152 mil novas microempresas, mas também confirmaram o fortalecimento do empreendedorismo como um dos motores da economia nacional. “Esses resultados foram alcançados devido às políticas econômicas que protegem a economia dos pequenos negócios”, afirmou Décio Lima, presidente do Sebrae.

Microempreendedores individuais também crescem

Os microempreendedores individuais (MEI), que correspondem a empreendimentos com faturamento anual de até R$ 81 mil, também apresentaram desempenho positivo. Foram 3,1 milhões de novos MEI registrados em 2024, um aumento de 6,7% em relação ao ano anterior, que havia registrado 2,9 milhões de formalizações.

As empresas de pequeno porte (EPP), com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões, também tiveram avanço significativo: mais de 190 mil novos negócios foram abertos em 2024, representando um crescimento de 16,5% em relação a 2023.

Serviços lideram novos empreendimentos

Entre os setores da economia, o de Serviços se destacou como principal motor do crescimento dos pequenos negócios no Brasil, representando 60% das novas empresas registradas em 2024. O setor de Comércio ficou em segundo lugar, superando 1 milhão de novos empreendimentos, ou 25% do total.

Outros setores também se destacaram, como a Indústria (321,3 mil novas empresas), Construção Civil (283,7 mil) e Agropecuária (31,6 mil), que juntos responderam por 15% dos negócios criados.

Atividades mais procuradas pelos empreendedores

Entre as atividades econômicas mais escolhidas pelos pequenos empreendedores em 2024, destacam-se:

1. Promoção de vendas (206,3 mil)
2. Serviços especializados de apoio istrativo (159,1 mil)
3. Comércio varejista de artigos do vestuário e órios (158,3 mil)
4. Cabeleireiros, manicure e pedicure (138,4 mil)
5. Transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças (125,3 mil)
6. Serviços de malote não realizados pelo Correio Nacional (108,4 mil)
7. Obras de alvenaria (107 mil)
8. Atividades auxiliares dos transportes terrestres (106,4 mil)
9. Outras atividades de ensino (85,9 mil)
10. Fornecimento de alimentos preparados para consumo (83,5 mil)

O papel das políticas públicas

O avanço do empreendedorismo no Brasil está intimamente ligado à implementação de políticas públicas que promovem e apoiam pequenos negócios. Sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o empreendedorismo foi elevado ao status de política de Estado, integrando diversas ações que fortalecem o o ao crédito, à capacitação e à formalização de negócios em todas as regiões do país.

Décio Lima destacou a colaboração do Sebrae nessas iniciativas. “Estamos trabalhando para ampliar as oportunidades aos pequenos negócios, que são fundamentais para a geração de empregos e o desenvolvimento da economia local”, disse.

Com o fortalecimento do ambiente empreendedor, 2024 entra para a história como um ano de avanços significativos para os pequenos negócios no Brasil, consolidando sua importância no cenário econômico e social do país.