Confiança do consumidor cresce e aquece as vendas nos pequenos negócios
Índice da FGV avança pelo terceiro mês seguido e beneficia empresas locais, especialmente nos setores de comércio e serviços, segundo o Sebrae
247 - O avanço na confiança das famílias brasileiras começa a se refletir diretamente na atividade dos pequenos negócios. Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 1,9 ponto em maio, alcançando 86,7 pontos — o terceiro aumento consecutivo. A informação é da Agência Sebrae.
Esse resultado indica maior disposição para o consumo e, na avaliação do coordenador de o a Crédito e Investimentos do Sebrae, Giovanni Beviláqua, representa uma sinalização clara de recuperação gradual do mercado interno. “Para os pequenos negócios, que dependem fortemente do consumo local e da demanda imediata, essa melhora na confiança tende a aumentar o fluxo de clientes e as vendas, especialmente no comércio e serviços, que são os setores predominantes nas micro e pequenas empresas”, afirma.
A melhora no humor do consumidor vem acompanhada de dados positivos nos dois componentes do índice da FGV: o Índice de Situação Atual (ISA), que mede a percepção sobre o presente, avançou 2,9 pontos e chegou a 84; já o Índice de Expectativas (IE), voltado ao futuro, subiu 1 ponto. Segundo o estudo, o crescimento da confiança foi registrado em todas as faixas de renda, com destaque para os consumidores com ganhos mensais de até R$ 2,1 mil.
“Esse dado sugere que o impacto positivo não está a consumidores de alta renda, mas alcança também os segmentos mais sensíveis e representativos do mercado nacional. Isso é relevante para os pequenos negócios, que atuam em nichos locais e com clientelas diversificadas”, observa Beviláqua.
Na visão do coordenador do Sebrae, o aumento da confiança pode reduzir o pessimismo e estimular o uso do crédito, ampliando o poder de compra mesmo com uma inflação ainda presente, mas sob controle. Isso favorece um ciclo virtuoso de recuperação: “Consumidores mais confiantes compram mais, o que melhora o faturamento dos pequenos negócios, que por sua vez podem investir e gerar empregos, reforçando a economia local e a percepção positiva geral”, explica.
Segundo ele, a alta na avaliação da situação atual “é tanto um reflexo quanto um motor da melhora econômica nos níveis mais próximos do consumidor final, onde os pequenos negócios têm papel central”.
Dicas para aproveitar o bom momento
Aproveitando o cenário de maior otimismo, o Sebrae reuniu recomendações estratégicas para que os pequenos empreendedores fortaleçam seu desempenho comercial:
- Atendimento personalizado: Consumidores mais confiantes tendem a valorizar a experiência de compra. Investir na qualidade do atendimento e no relacionamento direto pode fidelizar clientes e gerar diferenciais competitivos.
- Mix de produtos e serviços: Expandir as ofertas com foco nas demandas emergentes das famílias — como bens duráveis e itens de consumo recorrente — pode abrir espaço para promoções e atrair novos públicos.
- Gestão financeira eficiente: Mesmo em um cenário positivo, manter o controle rigoroso do fluxo de caixa e dos custos operacionais é essencial para garantir sustentabilidade e margem de lucro.
- Presença digital: Utilizar canais on-line para divulgar produtos, ampliar o alcance e facilitar o o do consumidor às ofertas é uma estratégia cada vez mais relevante.
- Monitoramento do cenário econômico: Acompanhar indicadores como o ICC e ajustar estratégias conforme as mudanças no comportamento do consumidor ajuda os empresários a anteciparem tendências e se adaptarem com agilidade.
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