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Xi Jinping e Lula durante reunião em Brasília - 20/11/2024

Brasil e China devem ter aliança estratégica no colapso da ordem neoliberal 651ki

A escolha é clara: o Brasil pode ser espectador do colapso da velha ordem ou arquiteto da nova 5s3fo

A escalada protecionista de Donald Trump contra a China e outros países, com suas tarifas caóticas e retaliações previsíveis, não é apenas mais uma crise ageira no comércio global. Ela representa o fim de uma era - a agonia do neoliberalismo como dogma incontestável - e abre uma oportunidade histórica para o Brasil redefinir sua inserção internacional. Enquanto os Estados Unidos mergulham em contradições e medidas autodestrutivas, a China surge como o parceiro mais lógico e vantajoso para o desenvolvimento soberano do Brasil.

O ex-chanceler Celso Amorim, assessor internacional do presidente Lula, alerta que os ataques ao multilateralismo comercial são perigosamente reminiscentes dos anos 1930, quando a guerra tarifária acelerou a Grande Depressão e pavimentou o caminho para a Segunda Guerra Mundial. O "tarifaço" de Trump não é uma política econômica racional, mas um ato de desespero de uma potência em declínio, que agora rejeita as próprias regras que impôs ao mundo durante décadas.

O historiador Francisco Teixeira (UFRJ) expõe com clareza a hipocrisia do liberalismo econômico estadunidense: os EUA construíram sua supremacia industrial com altas tarifas e subsídios maciços, do século 19 ao New Deal, mas hoje condenam medidas similares quando adotadas por outros países. Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, agora alerta que tarifas causam inflação e desemprego - uma ironia cruel, já que seu país enriqueceu justamente rompendo com esses dogmas. Como Teixeira ressalta, o neoliberalismo pós-1991 foi tão colonial e antipovo quanto o protecionismo fascista do século 20. Ambos servem a interesses imperiais, nunca aos povos do Sul Global.

Nesse contexto, a aproximação com a China, o país do futuro compartilhado, não é uma escolha ideológica, mas uma necessidade estratégica. Enquanto os EUA fecham seus mercados, a China continua sendo o maior comprador de commodities brasileiras como soja, minério de ferro e petróleo, além de parceiro aberto a diversificar nossas exportações e à transferência de tecnologias.

Diferentemente dos EUA - que só oferecem condicionalidades do FMI -, a China oferece investimentos em portos, ferrovias e energia, algo essencial para a reindustrialização do Brasil. Alinhar-se à China e aos BRICS permite ao Brasil escapar da condição de quintal de Washington, que historicamente sabotou projetos nacionais, da Petrobras à Embraer.

A China lidera a revolução tecnológica e energética do século 21, dominando setores estratégicos como energias renováveis, veículos elétricos e inteligência artificial. Uma parceria aprofundada com Pequim pode posicionar o Brasil na vanguarda da transição ecológica. O país asiático controla 80% do mercado global de painéis solares e 60% das turbinas eólicas. Parcerias com gigantes como BYD podem acelerar a indústria automotiva verde do Brasil, enquanto empresas como Huawei e ZTE oferecem soluções em 5G e infraestrutura digital a custos competitivos, sem as amarras geopolíticas das empresas ocidentais.

A dependência dos EUA tornou-se um projeto falido. 

Desde a Operação Lava Jato até pressões contra o 5G chinês, os EUA provaram ser um parceiro desleal. Com dívida de 130% do PIB e polarização política, os EUA não oferecem estabilidade para sustentar investimentos de longo prazo.

O mundo vive uma transição histórica. A ordem neoliberal está morta, e o unilateralismo estadunidense acelerou seu próprio declínio. Como demonstram, de perspectivas distintas, Amorim e Teixeira, este é o momento para o Brasil aprofundar a parceria com a China como eixo da política externa, aproveitando seu mercado consumidor de 1,4 bilhão de pessoas e seus investimentos em setores estratégicos. Fortalecer os BRICS como alternativa ao G7 garantirá voz ativa na construção da nova arquitetura financeira global. O Brasil deve adotar um pragmatismo soberano, rejeitando tanto o fundamentalismo de mercado quanto alinhamentos automáticos.

A escolha é clara: o Brasil pode ser espectador do colapso da velha ordem ou arquiteto da nova. A China oferece o caminho para um Brasil industrializado, tecnológico e verdadeiramente soberano. Como alertou Celso Amorim, a história não perdoará aqueles que, por ideologia ou subserviência, perderem esta oportunidade única. O futuro pertence aos que ousam construí-lo quando a conjuntura decisiva se oferece.