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Trump ameaça tarifas contra o Brasil,  bem como contra todos os outros membros dos Brics, se estes insistirem em criar uma moeda única para se libertar do dólar nas transações internacionais. É difícil distinguir, em momento tão inicial, entre o que é ameaça real e o que é bravata. Os sinais apontam em todas as direções, exigindo dos governos capacidade para ler as situações. Cautela não se confunde com fraqueza, na hora de identificar o que, por trás do show, podem ser propostas iniciais de quem na verdade é um negociador espalhafatoso. Como declarou o presidente Lula,  serenidade e reciprocidade são a melhor reação ante o blefe. E podem-se abrir oportunidades de negociações vantajosas, como a recente viagem de um enviado de Trump à  Venezuela parece apontar.  A atitude de Washington busca reassumir a liderança de seu campo de influência, porém da pior maneira. Busca vantagem arrancada pela via da ameaça e do medo, não pelo exemplo. São instrumentos que fomentam a rebelião e a curto prazo podem se revelar um tiro no pé.  Excitando os mais baixos instintos racistas da população, Trump empreende uma caçada a milhões de trabalhadores latino-americanos ilegais nos Estados Unidos. A economia do país pode sofrer sem a mão de obra estrangeira, que se submete ao trabalho duro. Além da escassez de mão de obra na agricultura,  construção civil e serviços,  as tarifas ao comércio internacional, por seu lado, vão elevar a inflação. Na frente geopolítica, como disfarçar que a trégua em Gaza marca a derrota estadunidense e de Israel, seu Estado cliente encravado na região? Ambos não conseguiram o que diziam ser o principal objetivo do massacre: eliminar o Hamas. Ao contrário, negociaram os termos da trégua com o Hamas. 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O caso da revolução causada pela inteligência artificial chinesa Deepseek mostra que mostra como as restrições de exportação  estadunidenses podem impulsionar a inovação e o empreendedorismo também no Brasil.  Nessa perspectiva mais pragmática, cheia de contradições, podem surgir novas oportunidades a serem aproveitadas pelo Brasil, na defesa de seus interesses, nos relacionamentos com países vizinhos e todo o hemisfério.", "url" : "/editoriais247/brasil-deve-enfrentar-ameacas-de-trump-com-firmeza-e-cautela-de-olhos-nas-oportunidades", "publisher" : { "@type" : "Organization", "name" : "Brasil 247", "url" : "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/icon-192x192.png?v=1.1", "width": "192", "height": "192" } }, "isAccessibleForFree": true, "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": true, "cssSelector": ".article__text" }, "inLanguage": "en", "keywords": "Editoriais", "wordCount": "1", "timeRequired": "PT4M" }{ "@context": "http://schema.org", "@type": "BreadcrumbList", "itemListElement": [ { "@type": "ListItem", "position": 1, "item": { "@id": "/", "name": "Brasil 247" } }, { "@type": "ListItem", "position": 2, "item": { "@id": "/editoriais247", "name": "Editoriais" } }, { "@type": "ListItem", "position": 3, "item": { "name": "Brasil deve enfrentar ameaças de Trump com firmeza e cautela, de olho nas oportunidades", "@id": "/editoriais247/brasil-deve-enfrentar-ameacas-de-trump-com-firmeza-e-cautela-de-olhos-nas-oportunidades" } } ] } { "@context": "https://schema.org/", "@type": "WebPage", "name": "Brasil deve enfrentar ameaças de Trump com firmeza e cautela, de olho nas oportunidades", "speakable": { "@type": "SpeakableSpecification", "xPath": [ "//div[@class='article__text']" ] }, "url": "/editoriais247/brasil-deve-enfrentar-ameacas-de-trump-com-firmeza-e-cautela-de-olhos-nas-oportunidades" } window.googletag = window.googletag || {}; window.googletag.cmd = window.googletag.cmd || []; (function(w,d,s,l,i){w[l]=w[l]||[];w[l].push({'gtm.start': new Date().getTime(),event:'gtm.js'});var f=d.getElementsByTagName(s)[0], j=d.createElement(s),dl=l!='dataLayer'?'&l='+l:'';j.async=true;j.src= 'https://www.googletagmanager.com/gtm.js?id='+i+dl;f.parentNode.insertBefore(j,f); })(window,document,'script','dataLayer','GTM-K75HHKK5'); window.addEventListener('beforeinstallprompt', function() {dataLayer.push({event: 'pwaInstalled',}); window.addEventListener('brasilAndroidAInstalled', function() {dataLayer.push({event: 'brasilAndroidAInstalled',}); 70402j

30.01.2025 - Presidente Luiz Inácio da Silva durante coletiva à imprensa, no Palácio do Planalto. Brasília - DF

Brasil deve enfrentar ameaças de Trump com firmeza e cautela, de olho nas oportunidades z4wb

Como declarou o presidente Lula, serenidade e reciprocidade são a melhor reação ante o blefe t581a

Cumprindo um enredo cuidadosamente coreografado, em meio a uma profusão de ordens executivas, ameaças e idas e vindas, o segundo mandato de Donald Trump ainda não completou duas semanas, mas já revelou os métodos do retorno à decrépita ordem Imperial.

Ao show de deportações humilhantes para a América Latina, com uma guerra comercial relâmpago com a Colômbia, sobreveio a imposição de tarifas de importação de 25% aos vizinhos México e Canadá, a que se somam as taxas de 10% para o comércio com o gigante chinês.

Foi o mais recente surto da onda de ataques desferidos a esmo e que já atingiram Dinamarca, Panamá, Cuba, Brasil, Colômbia, Brics, China, Rússia, Otan e outros, em rompantes de árduo acompanhamento.

O mundo assiste a essa performance paralisado. Todos sabem (mesmo os que não convém publicamente itir) que a hiperatividade do ilusionista encobre sua decadência. Choque e espanto visam dar glórias de conquista ao declínio subjacente. Trump 2.0 nasce para, em busca da sobrevivência, reverter, ou ao menos minimizar, a catástrofe de uma ordem.

Ao procurar recompor a mão firme sobre sua área de influência geopolítica mais imediata, a Europa e as Américas, os Estados Unidos o fazem reintroduzindo a política do grande porrete. Trump ameaça tarifas contra o Brasil,  bem como contra todos os outros membros dos Brics, se estes insistirem em criar uma moeda única para se libertar do dólar nas transações internacionais.

É difícil distinguir, em momento tão inicial, entre o que é ameaça real e o que é bravata. Os sinais apontam em todas as direções, exigindo dos governos capacidade para ler as situações. Cautela não se confunde com fraqueza, na hora de identificar o que, por trás do show, podem ser propostas iniciais de quem na verdade é um negociador espalhafatoso. Como declarou o presidente Lula,  serenidade e reciprocidade são a melhor reação ante o blefe. E podem-se abrir oportunidades de negociações vantajosas, como a recente viagem de um enviado de Trump à  Venezuela parece apontar. 

A atitude de Washington busca reassumir a liderança de seu campo de influência, porém da pior maneira. Busca vantagem arrancada pela via da ameaça e do medo, não pelo exemplo.

São instrumentos que fomentam a rebelião e a curto prazo podem se revelar um tiro no pé. 

Excitando os mais baixos instintos racistas da população, Trump empreende uma caçada a milhões de trabalhadores latino-americanos ilegais nos Estados Unidos. A economia do país pode sofrer sem a mão de obra estrangeira, que se submete ao trabalho duro. Além da escassez de mão de obra na agricultura,  construção civil e serviços,  as tarifas ao comércio internacional, por seu lado, vão elevar a inflação.

Na frente geopolítica, como disfarçar que a trégua em Gaza marca a derrota estadunidense e de Israel, seu Estado cliente encravado na região? Ambos não conseguiram o que diziam ser o principal objetivo do massacre: eliminar o Hamas. Ao contrário, negociaram os termos da trégua com o Hamas. Este, além de ser reconhecido como liderança, obteve a libertação de seus combatentes mais sêniors e o retorno  de mais de um milhão de deslocados às suas regiões no centro e norte, ainda que devastadas por Israel em condições apocalípticas. Biden e Netanyahu perderam a guerra, apesar do genocídio. Trump conjurou a derrota parecendo dar razão a quem alega que Washington entende apenas uma linguagem, a das armas. Resultado semelhante está por acontecer em outra guerra por procuração dos Estados Unidos, a da Ucrânia, contra a Rússia. 

A partir dessa realidade surgem sinais da chegada no  Departamento de Estado e no Pentágono de um realismo disposto a reconhecer que um mundo multipolar, dividido em esferas de influência regionais, é inevitável e até necessário para controlar conflitos. A vantagem chinesa na frente tecnológica age no mesmo sentido. O caso da revolução causada pela inteligência artificial chinesa Deepseek mostra que mostra como as restrições de exportação  estadunidenses podem impulsionar a inovação e o empreendedorismo também no Brasil. 

Nessa perspectiva mais pragmática, cheia de contradições, podem surgir novas oportunidades a serem aproveitadas pelo Brasil, na defesa de seus interesses, nos relacionamentos com países vizinhos e todo o hemisfério.

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