Tarifaço de Trump pode afetar exportações brasileiras de etanol

247 - A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de ampliar tarifas sobre uma série de produtos estrangeiros está gerando reações em diversos países, incluindo o Brasil.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, há uma preocupação crescente do governo brasileiro sobre os impactos dessas medidas, especialmente no setor de etanol. A Casa Branca justificou a decisão apontando uma suposta falta de reciprocidade comercial por parte de alguns parceiros internacionais.

O etanol brasileiro foi explicitamente citado pelo governo dos Estados Unidos como um dos produtos que poderiam enfrentar maiores dificuldades no mercado norte-americano. Isso acendeu um alerta no Brasil, já que o setor sucroalcooleiro pode ser diretamente impactado por restrições ao seu principal mercado externo. Ainda assim, fontes ligadas ao governo Lula indicam que outras commodities brasileiras, como carnes e café, devem ser menos afetadas, pois a aplicação de tarifas sobre esses produtos poderia elevar os preços internos nos EUA, gerando impactos inflacionários indesejados.

A nova rodada de tarifas faz parte de uma estratégia mais ampla do presidente dos Estados Unidos para reduzir o déficit comercial. No entanto, especialistas apontam que essa política pode gerar retaliações e aprofundar tensões comerciais globais. O Brasil, por sua vez, busca diálogo com Washington para minimizar os efeitos negativos sobre suas exportações e garantir que setores fundamentais da economia nacional não sejam prejudicados.

A medida reforça um ambiente de incerteza no comércio internacional, no qual países exportadores, como o Brasil, precisam estar atentos a possíveis desdobramentos. Resta saber até que ponto a istração norte-americana está disposta a avançar com essas barreiras e como outras nações responderão a essa nova escalada protecionista.

O Senado aprovou nesta terça-feira projeto que estabelece critérios para a reação do Brasil a barreiras e imposições comerciais de nações ou blocos econômicos contra o país, como o tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a medida legislativa pode ser votada ainda nesta semana pela Câmara dos Deputados.