Presidente da Petrobras defende exploração na Margem Equatorial: 'vamos perfurar, bebê'

247 - A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, defendeu na terça-feira (6) a exploração de petróleo na Margem Equatorial. Durante evento nos Estados Unidos, a dirigente afirmou “Let’s drill, baby”. A expressão em inglês é associada ao atual presidente norte-americano, Donald Trump.

A tradução da frase é “vamos perfurar, bebê”. No Brasil, a região estudada pela petrolífera brasileira compreende os seguintes estados: Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Pará e Amapá.

“O que tenho a dizer para o Amapá é ‘Let’s drill, baby, drill’” , disse Chambriard em um do IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás) na OTC (Offshore Technology Conference), realizado em Houston, no Texas, de acordo com reportagem do Valor Econômico, divulgada nesta quarta-feira (7).

Junto com o governador do Amapá, Clécio Luís (Solidariedade), a presidente da Petrobras comentou o potencial da nova fronteira exploratória. “Celebro a presença do governador. Ele representa a oportunidade que temos na margem equatorial e no Amapá, onde acreditamos que teremos boas surpresas” .

No debate, Clécio Luís disse que a exploração de petróleo pode representar uma “virada de chave” para a economia do Amapá e defendeu que a extração pode ser feita com segurança.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou, no primeiro semestre do ano ado, uma pesquisa apontando que a produção de petróleo na Margem Equatorial tem o potencial para a criação de até 326.049 empregos formais.

De acordo com a CNI, a extração pode adicionar R$ 65 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) nacional e acrescentar R$ 3,87 bilhões à arrecadação indireta no Brasil. Os cálculos apresentados pela entidade industrial tiveram como base o sistema de contas regionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2019.

Governo e Congresso

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), também manifestou seu apoio à exploração de petróleo na Margem Equatorial.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (Rede), contudo, defendeu que o processo de licenciamento atenda critérios técnicos rigorosos.

Enquanto isso, em março, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) emitiu um parecer técnico favorável ao plano da Petrobras para a limpeza da sonda que será usada na perfuração da região.

A autorização foi considerada um avanço no processo para a estatal conseguir a licença ambiental, mas o Ibama segue sem responder a pedidos para comentar o andamento do processo.