PIB cresce 1,4% no primeiro trimestre de 2025, diz IBGE
O principal motor desse crescimento foi o setor agropecuário, que avançou expressivos 12,2% no período
247 - Dados divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a economia brasileira registrou alta de 1,4% no Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2025 em relação ao trimestre imediatamente anterior, já considerando os ajustes sazonais. O principal motor desse crescimento foi o setor agropecuário, que avançou expressivos 12,2% no período. Ainda conforme o IBGE, o setor de serviços também contribuiu positivamente, com leve crescimento de 0,3%, enquanto a indústria manteve-se praticamente estável, com retração marginal de 0,1%. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o PIB cresceu 2,9%, com avanço da agropecuária (10,2%), da indústria (2,4%) e dos serviços (2,1%).
O valor total do PIB no período chegou a R$ 3,0 trilhões, sendo R$ 2,6 trilhões correspondentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 431,1 bilhões relativos aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. A taxa de investimento subiu para 17,8% do PIB, superando os 16,7% registrados no mesmo trimestre do ano anterior. A poupança também avançou, atingindo 16,3% ante 15,5% no primeiro trimestre de 2024.
O destaque absoluto ficou com a agropecuária, favorecida por boa produtividade e pela safra robusta de lavouras como soja (13,3%), milho (11,8%), arroz (12,2%) e fumo (25,2%), conforme apontado pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE.
Na indústria, o segmento da construção civil manteve trajetória positiva com crescimento de 3,4%, acumulando seis trimestres seguidos de expansão. A indústria de transformação avançou 2,8%, impulsionada por setores como máquinas e equipamentos, metalurgia, químicos e farmacêuticos.
A produção de eletricidade, água e serviços de saneamento subiu 1,6%, puxada pelo consumo residencial. Já as indústrias extrativas ficaram praticamente estáveis (0,2%). No setor de serviços, todos os segmentos apresentaram expansão, com destaque para informação e comunicação (6,9%), atividades imobiliárias (2,8%) e comércio (2,1%).
A Despesa de Consumo das Famílias aumentou 2,6% no primeiro trimestre, influenciada pela elevação da massa salarial real e maior disponibilidade de crédito, apesar do cenário de juros elevados. O consumo do governo também avançou (1,1%). A Formação Bruta de Capital Fixo cresceu 9,1% na comparação com o mesmo período do ano anterior, impulsionada pela construção, importação de plataformas de petróleo, produção de bens de capital e desenvolvimento de softwares. Esse foi o quinto trimestre seguido de crescimento no indicador.
As exportações de bens e serviços subiram 1,2%, puxadas por veículos automotores, produtos agropecuários, papel e celulose e derivados de petróleo. As importações cresceram 14%, com destaque para equipamentos de transporte, produtos químicos, máquinas e bens de capital.
Nos quatro trimestres encerrados em março de 2025, a economia brasileira registrou avanço de 3,5%, resultado do crescimento de 3,2% do Valor Adicionado e de 5,2% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios.
Entre as atividades industriais, destacaram-se construção (4,6%), indústria de transformação (4,0%) e fornecimento de eletricidade e saneamento (2,4%). As indústrias extrativas, por outro lado, recuaram 0,8%.
O setor de serviços manteve desempenho positivo em todos os segmentos, com destaque para informação e comunicação (6,6%), outras atividades de serviços (4,6%) e comércio (3,6%). O consumo das famílias teve alta de 4,2%, o do governo cresceu 1,2% e os investimentos subiram 8,8%. No comércio exterior, as exportações cresceram 1,8% e as importações, 15,6%.
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