Paulo Teixeira nega "intervenção" do governo nos preços dos alimentos: "equívoco de comunicação"
Após Rui Costa falar em "intervenção", o ministro garantiu: "isso já foi corrigido. O presidente já afastou qualquer possibilidade de intervenção"
247 - O governo Lula (PT) descartou qualquer possibilidade de "intervenção" direta nos preços dos alimentos, reafirmando seu compromisso com soluções que promovam a redução do custo da comida de forma sustentável. A declaração foi feita nesta quinta-feira (23) pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT), ao chegar ao Palácio do Planalto para uma reunião que reuniu integrantes da Casa Civil e dos ministérios da Agricultura, Fazenda e Desenvolvimento Agrário, informa a Folha de S. Paulo.
A polêmica começou após uma fala do ministro da Casa Civil, Rui Costa, durante uma entrevista ao programa "Bom Dia, Ministro", da EBC. Na ocasião, Costa mencionou a possibilidade de "um conjunto de intervenções" para baratear o preço dos alimentos, gerando reações negativas e interpretações de que o governo planejava adotar medidas como tabelamento ou controle de preços.
"Equívoco de comunicação", afirma Teixeira - Paulo Teixeira classificou as declarações de Rui Costa como um "equívoco de comunicação". Segundo ele, a ideia de intervenção nos preços já foi "corrigida" e não está em discussão no governo. "O presidente já afastou qualquer possibilidade de intervenção nisso. A Casa Civil já esclareceu", afirmou o ministro, reiterando que as medidas para conter a alta nos preços dos alimentos estão sendo analisadas, mas ainda não foram definidas.
Apesar da ausência do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), na reunião desta quinta-feira, o encontro contou com a participação do secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, representando a pasta. A agenda reflete a prioridade que o tema adquiriu após o presidente Lula cobrar maior empenho de sua equipe durante uma reunião ministerial realizada na segunda-feira (20).
Polêmica sobre validade de alimentos - Outro ponto que gerou desgaste para o governo foi a possibilidade de flexibilizar regras relacionadas ao prazo de validade de alimentos. A sugestão partiu da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e foi confirmada nos bastidores como uma proposta em análise. No entanto, a ideia foi amplamente criticada nas redes. Rui Costa negou veementemente essa possibilidade.
Em sua fala, Rui Costa destacou que o foco do governo é adotar medidas que reduzam os custos de produção e distribuição de alimentos, ouvindo sugestões de produtores e redes de supermercados. "Vamos implementar algumas medidas ainda no primeiro bimestre", afirmou. Entre as possibilidades em estudo, estão iniciativas que visam desonerar setores estratégicos da cadeia produtiva, em vez de interferir diretamente nos preços.
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