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      Paulo Teixeira: alimento caro é ‘calcanhar de Aquiles’ do governo

      Inflação dos alimentos desafia governo, que busca alternativas para conter alta e preservar popularidade

      Paulo Teixeira (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, declarou que a inflação dos alimentos é o “calcanhar de Aquiles” do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista à Revista Fórum, Teixeira destacou a preocupação com o impacto da alta nos preços na popularidade presidencial e apontou que derrotas eleitorais da esquerda na Europa e nos Estados Unidos foram influenciadas por essa questão. As declarações ocorreram após Lula pressionar Teixeira e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a apresentar um plano urgente para reduzir o custo dos alimentos no país.

      A inflação dos alimentos, que em 2024 representou 33,7% da alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), é uma prioridade para o governo. Segundo dados do IBGE, o grupo alimentação e bebidas teve alta de 7,69% no ano, com destaque para as carnes, que subiram expressivos 20,84%, contribuindo com 0,52 ponto percentual da taxa total de 4,83%. O aumento no preço das carnes foi o mais intenso desde 2019, refletindo os impactos do ciclo pecuário, do dólar e de eventos climáticos.

      Preocupação e medidas anunciadas

      O presidente Lula enfatizou a urgência de medidas: “A população não pode esperar”, teria dito em reuniões internas. Paulo Teixeira, por sua vez, afirmou que o governo já implementa o maior Plano Safra da história, com crédito subsidiado para a produção de alimentos, e que irá buscar mais recursos para assistência técnica e extensão rural. “A agricultura, em função das mudanças climáticas e tecnológicas, requer mais assistência. Muitos agricultores demandam e não têm”, explicou o ministro.

      Edegar Pretto, presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), anunciou que a estatal está desenvolvendo um programa para mapear regiões onde a população paga mais caro pelos alimentos. A ideia é intervir e garantir preços mais justos, especialmente nas periferias das grandes cidades. “Queremos levar comida boa, de verdade, a preços mais justos para a população mais carente”, afirmou Pretto, ressaltando que a proposta faz parte do Plano Nacional de Abastecimento Alimentar, lançado em outubro de 2024.

      Apesar das iniciativas, não há planos para tabelamento de preços ou controle de exportações. Segundo Pretto, a estratégia é criar incentivos para que pequenos varejistas ofereçam alimentos a preços populares. A medida deve demandar R$ 1,2 bilhão, já parcialmente previsto no orçamento de 2025.

      A complexidade do problema se agrava devido à dependência de fatores externos, como a oscilação do dólar e os preços das commodities agrícolas no mercado internacional. Carlos Fávaro, ministro da Agricultura, reforçou que a inflação alimentar também é afetada por questões sazonais e destacou que a colheita de grãos, que começa neste mês, pode aliviar os preços de alguns produtos. No entanto, ele alertou sobre a especulação financeira, citando o impacto do dólar a R$ 6 nos custos de alimentos.

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