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      "Não há risco para quem investe em títulos brasileiros", diz Guido Mantega

      Ex-ministro da Fazenda afirma que Roberto Campos Neto permitiu especulação ao não intervir no câmbio este ano

      (Foto: ABR)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – Em entrevista concedida à TV 247, Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda, analisou a recente valorização do dólar frente ao real e assegurou que "não há risco para quem investe em títulos brasileiros". Segundo Mantega, a alta do câmbio, que bateu em R$ 6,26 e está em R$ 6,06, é resultado de uma reação especulativa do mercado, alimentada por diversos fatores internos e externos.

      Mantega explicou que "o aumento do dólar a 6,26 está ligado à especulação do mercado, composta pelo setor agroindustrial e pela extrema direita, que já pensa em 2026". Ele detalhou que, no final do ano, empresas multinacionais costumam enviar lucros e dividendos para suas matrizes no exterior, o que contribui para a valorização da moeda estrangeira. Além disso, Mantega destacou a preocupação do mercado com o ajuste fiscal do governo, afirmando que "não é suficientemente robusto para conter o crescimento da dívida pública".

      Durante a entrevista, Mantega abordou a atuação de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. "Campos Neto iniciou uma campanha afirmando que o ajuste fiscal do governo não era satisfatório, instigando o mercado a antecipar a saída de capitais do Brasil", afirmou. Ele argumenta que essa postura criou um ambiente de expectativas negativas, exacerbando a valorização do dólar.

      Outro ponto destacado por Mantega foi o impacto da alta do dólar na inflação brasileira. "Um câmbio a 6,27 gera inflação, pois aumenta o custo das importações, especialmente de insumos e máquinas", explicou. Ele adverte que, se a inflação continuar subindo, o Banco Central terá fundamentos para aumentar as taxas de juros, o que poderá inibir o crescimento econômico e aumentar ainda mais a dívida pública.

      Mantega também criticou a falta de intervenções oportunas do Banco Central no mercado cambial. "Se o Banco Central tivesse começado a intervir em abril, quando o dólar estava em torno de 5,50, poderia ter sinalizado ao mercado que não permitiria a ascensão da moeda estrangeira", comentou. Ele compara a situação atual com a crise de 2002, ressaltando que, embora o câmbio não esteja tão alto quanto naquela época ajustado pela inflação, os efeitos negativos na economia são significativos.

      O ex-ministro concluiu sua análise afirmando que "não há risco para quem investe nos títulos brasileiros, já que 90% da dívida é em reais e o governo pode rolar a dívida mesmo com juros altos". Ele também expressou preocupação com as intenções de certos setores de derrubar o governo Lula até 2026, sugerindo que há uma guerra política mais profunda em andamento.

      A entrevista de Mantega oferece uma visão detalhada sobre os desafios econômicos enfrentados pelo Brasil, destacando a complexa interação entre políticas fiscais, especulação de mercado e a atuação do Banco Central. Assista:

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