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      João Paulo Pacífico, do grupo Gaia, ajudou o Greenpeace a invadir a JBS para atacar a imagem da carne brasileira no exterior

      Financista atuou de forma sorrateira para que uma das maiores empresas nacionais fosse invadida e atacada pela ONG; procurado, ele não se manifestou

      Cenas da invasão da JBS pelo Greenpeace (Foto: Divulgação)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – A invasão à sede da JBS, ocorrida na última terça-feira em São Paulo, teve participação direta do empresário João Paulo Pacífico, fundador do Grupo Gaia. Conhecido por sua atuação em “investimentos de impacto”, Pacífico surpreendeu ao usar um dispositivo legítimo de governança corporativa — a aquisição de uma ação da companhia — para viabilizar a entrada de ativistas do Greenpeace na sede da JBS, sem qualquer autorização da empresa.

      O empresário chegou de carro ao prédio acompanhado por duas integrantes do movimento, que não constavam na lista de visitantes nem se identificaram como acionistas na entrada. Enquanto isso, outros invasores escalavam os muros da empresa usando cordas, escadas e uniformes falsos de manutenção, em uma operação claramente planejada.

      Uma das ativistas que entrou com Pacífico é Cristiane Mazzetti, integrante do Greenpeace, que transmitiu a invasão ao vivo pelas redes sociais da ONG. Nem ela nem sua colega tinham autorização para ar o prédio — tampouco realizaram o registro de entrada exigido pelo protocolo de segurança da empresa. Além de burlar os controles de o, Cristiane não figurava como acionista da companhia, o que reforça o caráter irregular de sua presença no local e evidencia o uso indevido da estrutura formal da assembleia como cobertura para a ação. No vídeo, ela faz campanha contra a listagem de ações da companhia no exterior – o que pode tornar a empresa, que tem o BNDES como acionista, mais forte globalmente.

      O que se vendeu nas redes sociais como “protesto” foi, na prática, uma invasão a uma companhia privada, com ajuda de profissionais treinados em invasões e recursos estimados em mais de R$ 300 mil em equipamentos — incluindo materiais de escalada, sistemas de comunicação, transmissão ao vivo e e logístico. Ao todo, oito pessoas foram presas, seis delas de nacionalidade argentina. A JBS informou que irá acionar os mecanismos legais para responsabilizar tanto os executores quanto eventuais financiadores da ação.

      Procurado pela reportagem do Brasil 247 desde a última quinta-feira, Pacífico se negou a atender os pedidos de entrevista sobre sua atuação na invasão da JBS. Primeiro, disso que estava num aniversário e responderia no dia seguinte – o que não fez. Depois, foi novamente procurado no fim de semana e prometeu esclarecer os fatos nesta segunda-feira – o que também não foi feito. 

      O espaço deste Brasil 247 permanece aberto para que o investidor explique porque levou ativistas do Greenpeace para tumultuar uma assembleia de acionistas e atacar a empresa líder de um dos setores mais competitivos da economia brasileira, mas o caso levanta um sinal de alerta importante: o ativismo corporativo atravessou uma linha. Quando o que era engajamento vira violação deliberada de regras — inclusive com o uso de brechas da governança — o risco deixa de ser reputacional e a a ser de integridade e segurança. Isso pode afetar desde o valor de mercado até a confiança de acionistas e parceiros estratégicos.

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