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      Ibovespa recua e fecha na mínima em um mês com fiscal e Selic no radar

      Volume financeiro nesta sexta-feira somou R$24,38 bilhões

      da B3 em São Paulo (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)
      Bianca Penteado avatar
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      SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou com um declínio marginal nesta sexta-feira, descolado de Wall Street e na mínima em um mês, refletindo reprecificação de apostas em relação aos próximos movimentos da taxa Selic e certo ceticismo com medidas fiscais sinalizadas para a próxima semana.

      Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa terminou com decréscimo de 0,1%, a 136.102,1 pontos, menor patamar de fechamento desde 7 de maio, tendo marcado 135.600,86 pontos na mínima e 136.889,88 pontos na máxima do dia. Na semana, contabilizou uma perda de 0,67%.

      O volume financeiro nesta sexta-feira somou R$24,38 bilhões.

      De acordo com o gestor de renda variável Tiago Cunha, da Ace Capital, a fraqueza mais recente na bolsa reflete em parte a percepção crescente de que o ciclo de alta da Selic não acabou e o Banco Central pode promover mais um aumento na taxa, de 0,25 ponto percentual, na próxima reunião, em 17 e 18 de junho.

      Além disso, acrescentou, investidores também estão preferindo aguardar para ver o pacote fiscal sinalizado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que poderia ser uma alternativa ao decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre várias operações.

      Após prometer um anúncio para a terça-feira, Haddad afirmou que as iniciativas não seriam divulgadas antes de uma reunião com lideranças partidárias do Congresso prevista para o domingo.

      O governo anunciou no fim de maio a elevação de alíquotas do IOF sobre uma série de operações cambiais, de crédito e de previdência privada. A medida gerou forte reação política, foi parcialmente revertida, mas ainda enfrenta resistência, o que levou a equipe econômica a analisar opções.

      O pregão brasileiro também teve como componente negativo o avanço nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos , após números do mercado de trabalho reforçarem o dinamismo da economia norte-americana e apoiarem uma postura cautelosa do Federal Reserve em relação a cortes de juros.

      O S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, fechou em alta de mais de 1%.

      DESTAQUES

      - MAGAZINE LUIZA ON recuou 5,57%, com ações sensíveis a juros na ponta negativa do Ibovespa, refletindo a reprecificação de apostas para a Selic. LOJAS RENNER ON fechou em baixa de 4,67%, COGNA ON perdeu 3,96% e ASSAÍ ON caiu 2,94%, também entre os destaques negativos. O índice do setor de consumo fechou o dia com declínio de 0,53%.

      - HAPVIDA ON cedeu 1,46%, ampliando a queda da véspera, quando fechou em baixa de quase 6% após dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de abril mostrarem queda no número de clientes dos planos de saúde da companhia.

      - JBS ON subiu 1,93%, no último pregão de negociação na B3, uma vez que a companhia ará a ter sua listagem primária nos EUA, com o início das negociações previsto para 12 de junho. A partir de segunda-feira, os papéis da JBS serão negociados na B3 como BDRs. A companhia obteve no final de maio a aprovação da CVM para a chamada dupla listagem, na última etapa de um movimento que busca "destravar" valor da JBS e adequar a estrutura de capital ao perfil da empresa.

      - SUZANO ON avançou 0,98%, ainda embalada pela repercussão positiva ao acordo para formar uma t-venture global com a Kimberly-Clark, anunciado na quinta-feira. Também na véspera, o vice-presidente financeiro da companhia, Marcos Assumpção, disse que a Suzano registrou nas últimas semanas indicativos positivos para os preços de celulose na China.

      - BANCO DO BRASIL ON fechou em queda de 2,38%, em sessão mais fraca para bancos do Ibovespa, com SANTANDER BRASIL UNIT registrando declínio de 0,73% e BRADESCO PN terminando com variação negativa de 0,06%. ITAÚ UNIBANCO PN mostrou elevação de 0,25%.

      - VALE ON fechou com variação positiva de 0,13%, em dia de alta dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado em Dalian encerrou as negociações diurnas com elevação de 0,86%.

      - PETROBRAS PN subiu 0,92%, endossada pelo sinal positivo dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent fechou em alta de 1,73%. No setor, PRIO ON avançou 3,56%, tendo ainda no radar dados operacionais preliminares mostrando produção diária de 99,8 mil barris de óleo equivalente por dia (boed) em maio.

      - GOL PN, que não está no Ibovespa, despencou 13,39%. Perto do fechamento, a companhia informou que saiu do processo de recuperação judicial nos Estados Unidos nesta sexta-feira, preparando o cenário para a expansão de frota e novos voos e rotas no Brasil e em outros países.

      - CASAS BAHIA ON subiu 2,24% após anunciar que está em negociações "avançadas" com credores para antecipar de outubro para este mês uma conversão de dívida de R$1,57 bilhão em ações da companhia. O grupo também discute reperfilamento de dívida e autorização para promover "eventos de liquidez" em um período de 12 meses e que parte dos recursos não seja usada para pagamento da dívida. A notícia é positiva em termos de fluxo de caixa, pois reduz o desembolso de caixa da empresa até 2027 em R$760 milhões", avaliaram analistas do Safra.

      - ZAMP ON cedeu 2,64%, após sua controladora, Mubadala Capital, propor uma oferta pública de aquisição de ações da companhia com um preço proposto de R$3,50 por papel. A empresa já havia informado no final de maio que a Mubadala avaliava uma OPA pelas ações da companhia e fechar seu capital.

      - MERCADO LIVRE, que é listado em Nova York, caiu 3,85%, após reduzir o preço mínimo de seus produtos elegíveis para frete grátis de R$79 para R$19, adotando uma abordagem comercial mais agressiva diante da crescente concorrência de participantes como Shopee e Amazon no setor de comércio eletrônico. "Nossa primeira avaliação da notícia é negativa", afirmaram analistas do Citi, mencionando, entre outros pontos, que a iniciativa pode levar a uma pressão de curto prazo na margem bruta originada dos subsídios.

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