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      Ibovespa fecha em alta com cena corporativa sob holofote

      A Bolsa de Valores disparou mais de 10% após decisão favorável à companhia em processo de R$ 5,77 bilhões envolvendo amortização de ágio

      Ibovespa (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)
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      Por Paula Arend Laier

      SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta de mais de 1% nesta quinta-feira, recuperando o patamar dos 125 mil pontos, com B3 disparando mais de 10% após decisão favorável à companhia em processo de R$ 5,77 bilhões envolvendo amortização de ágio.

      CSN também ocupou os holofotes, saltando quase 8% após balanço com forte resultado operacional, assim como Cogna, que recuou cerca de 6% mesmo após desempenho forte de Ebitda e receita, além de anúncio de dividendos.

      Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,43%, a 125.637,11 pontos, tendo marcado 123.589,56 pontos na mínima e 125.774,17 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somou R$ 20,7 bilhões.

      "O Ibovespa segue indefinido no curto prazo e possui resistência inicial em 125.800 pontos", afirmaram analistas do Itaú BBA no relatório Diário do Grafista nesta quinta-feira.

      "ando desta, o movimento de recuperação voltará à cena em busca das resistências em 128.000 e 129.600 pontos, máxima do ano. Do lado da baixa, o índice encontra es em 122.000 e 118.200 pontos", acrescentaram.

      Em Nova York, o sinal negativo prevaleceu, reflexo de preocupações com uma potencial escalada da guerra comercial e seus reflexos na inflação e na atividade econômica norte-americana. O S&P 500 caiu mais de 1%.

      O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira que aplicará uma tarifa de 200% sobre todos os vinhos e outros produtos alcoólicos provenientes da União Europeia se o bloco não retirar sua tarifa sobre o uísque.

      A ameaça veio após a Comissão Europeia afirmar na véspera que imporá tarifas contrárias sobre 26 bilhões de euros em produtos norte-americanos a partir do próximo mês.

      DESTAQUES

      - B3 ON disparou 10,48% após a Câmara Superior do Conselho istrativo de Recursos Fiscais (Carf) decidir em favor da companhia, cancelando definitivamente o auto de infração da Receita Federal que questionava a amortização do ágio gerado na incorporação da Bovespa em 2008. O valor do processo era de R$5,77 bilhões. Analistas do Goldman Sachs destacaram que o caso era um "overhang" significativo sobre a ação, reiterando a sua recomendação de compra para o papel, mas lembraram que a B3 ainda tem R$5,3 bilhões em processos fiscais pendentes relacionados ao ágio.

      - CSN ON saltou 7,91% após mostrar Ebitda ajustado de R$3,3 bilhões no quarto trimestre, acima das previsões de analistas. CSN MINERAÇÃO ON, controlada pela CSN, fechou em alta de 9,09%, reagindo ainda ao resultado trimestral também divulgado na véspera. Analistas do BTG Pactual avaliaram que ambas apresentaram resultados mostrando melhorias operacionais notáveis, mas chamaram a atenção também para a queima de caixa e piora na alavancagem. A relação de dívida líquida sobre Ebitda ajustado cresceu para 3,49 vezes.

      - FLEURY ON valorizou-se 4,94%, tendo como pano de fundo relatório de analistas do JPMorgan elevando a recomendação das ações do grupo de medicina diagnóstica para "overweight", enquanto o preço-alvo permaneceu em R$17 -- cotação bem acima dos R$10,72 do fechamento de quarta-feira. Os analistas do banco norte-americano explicaram a decisão citando fluxos de caixa resilientes e previsíveis.

      - COGNA ON fechou em baixa de 6,4%, revertendo os ganhos dos primeiros negócios, de quase 9%. Na véspera, o grupo de educação divulgou lucro de R$925,8 milhões no quarto trimestre, com crescimento de dois dígitos da receita. O conselho também aprovou a distribuição de dividendos. "Parece que a casa finalmente está arrumada!", afirmou a Genial Investimentos, avaliando que a companhia entregou um sólido desempenho, com destaque para a contínua expansão de margem e para a robusta geração de caixa. A ação vinha de seis altas seguidas e em 2025, até a véspera, somava ganho de quase 58%.

      - SLC AGRÍCOLA ON caiu 1,06%, após reportar queda de 9,2% no resultado operacional medido pelo Ebitda nos três meses encerrados em dezembro. Analistas do Bradesco BBI chamaram a atenção para números no balanço sinalizando uma perspectiva pior para a safra 2024/2025, incluindo uma área plantada de algodão 7% menor do que a previsão. Em teleconferência sobre o balanço, o CEO da SLC Agrícola, uma das maiores empresas produtoras de grãos e algodão do Brasil, disse que a guerra comercial disparada pelo presidente dos EUA, gerando retaliações tarifárias de outros países, é favorável ao Brasil.

      - VALE ON subiu 1,38%, respondendo por um relevante e ao Ibovespa, endossada pela alta dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado em Dalian encerrou o dia com alta de 0,45%. O movimento refletiu cobertura de posições vendidas com a demanda de curto prazo da China resiliente.

      - PETROBRAS PN avançou 1%, após um começo de semana mais negativo, com a perda acumulada até a véspera alcançando 1,5%. No exterior, o barril do petróleo Brent recuou 1,5%. PETROBRAS ON valorizou-se 0,71%.

      - ITAÚ UNIBANCO PN encerrou o dia com elevação de 1,62%, embalado pelo clima mais comprador na bolsa paulista, com os negócios ainda marcados pela divulgados de dados do Banco mostrando que as concessões de empréstimos no Brasil caíram 16% em janeiro ante dezembro. BRADESCO PN subiu 1,75%, BANCO DO BRASIL ON ganhou 1,63% e SANTANDER BRASIL UNIT avançou 1,12%.

      - TENDA ON, que não faz parte do Ibovespa, caiu 7,33%, mesmo após reportar lucro de R$21,3 milhões no quarto trimestre e anunciar dividendos. Analistas do Itaú BBA destacaram itens negativos relacionados a provisões adicionais e despesas financeiras que alguns investidores podem não estar dispostos a considerar como não recorrentes ou não operacionais.

      - CASAS BAHIA ON, que também não faz parte do Ibovespa, desabou 12,82%, após balanço do quarto trimestre com prejuízo de R$452 milhões, embora menor do que a perda apurada no mesmo período do ano anterior. A ação vinha de seis altas seguidas, período em que acumulou ganho de 106%. O diretor financeiro do grupo citou um "cenário mais desafiador" em 2025. Analistas da Genial avaliaram que o resultado operacional mostrou melhora, mas que a última linha do balanço ainda deixa a desejar. Eles também chamaram a atenção para aumento do fornecedor convênio (famoso risco sacado) no balanço.

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