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      Haddad defende Banco Central e prevê inflação mais rapidamente no centro da meta

      "O choque de juros foi muito forte, então a resposta [sobre a inflação] virá mais rapidamente", disse ele

      Gabriel Galípolo (à esq.) e Fernando Haddad (Foto: ABR)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (5) que os impactos da alta da taxa Selic sobre a inflação serão percebidos "muito mais rápido do que se pensa". A declaração foi feita em entrevista à GloboNews, reportada pelo Valor. "O choque de juros foi muito forte, então a resposta [sobre a inflação] virá mais rapidamente, e penso que poderemos ter uma acomodação mais rápida [dos preços]", afirmou o ministro.

      Desde dezembro, o Banco Central elevou a Selic em dois pontos percentuais, alcançando 13,25% ao ano, com previsão de um novo aumento de um ponto percentual na reunião de março. Apesar disso, na ata de sua última reunião, divulgada na terça-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) indicou que a inflação deve permanecer acima do teto da meta até junho. Caso isso se confirme, o presidente da autoridade monetária, Gabriel Galípolo, terá que justificar o descumprimento em carta pública.

      Haddad, no entanto, minimizou o peso desse documento. Segundo ele, o efeito da Selic sobre a inflação deve levar as projeções do BC a indicarem convergência para a meta ainda este ano. "Ainda que em junho eles tenham que escrever uma carta, o horizonte do Banco Central já estará diferenciado", afirmou. A meta de inflação estabelecida é de 3% ao ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

      Dólar e equilíbrio macroeconômico

      Haddad também comentou sua declaração de janeiro sobre o valor do dólar. "Não deveria nem ter falado", disse, referindo-se à ocasião em que afirmou que um dólar acima de R$ 5,70 estava "caro". "Foi no calor do debate", justificou. Na entrevista concedida à CNN Brasil à época, o ministro declarou que "não compraria dólar acima de R$ 5,70 porque é caro para as condições de fundamento da economia brasileira".

      Agora, Haddad reforçou que sua responsabilidade é garantir o equilíbrio macroeconômico e que o câmbio flutuante tem o papel de acomodar choques externos. Segundo ele, sua intenção na declaração anterior era apontar que, considerando os fundamentos da economia, o dólar havia se descolado de seu patamar de longo prazo.

      Revisão de despesas e gestão orçamentária

      Outro ponto abordado por Haddad foi a necessidade de revisão periódica das despesas do governo federal e dos gastos tributários. "Precisamos revisar periodicamente [esses temas]", afirmou. A declaração veio em resposta a uma pergunta sobre a proposta do governo para alterar as regras de idade mínima de aposentadoria dos militares. Para Haddad, a aprovação do projeto abre espaço para um debate mais amplo sobre outras despesas públicas.

      Sobre a gestão orçamentária, o ministro reconheceu que será um desafio constante até o fim do atual mandato presidencial. "Colocar ordem na rubrica A, B ou C é extenuante", afirmou. No entanto, ele acredita que a maior parte das questões legislativas de interesse do Ministério da Fazenda serão resolvidas ainda em 2025.

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