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      Economista da bancada do Psol é desligado do cargo em meio a disputas políticas

      David Deccache disse que é alvo de "autoritarismo" enquanto grupo de deputados o acusa de promover "disputas internas"

      David Deccache (Foto: Divulgação)
      Leonardo Sobreira avatar
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      247 - O economista que assessorava a bancada do Psol na Câmara dos Deputados, David Deccache, foi desligado do cargo, em meio a uma disputa política no partido. 

      Enquanto seus aliados alegam que a decisão foi fruto de "autoritarismo" do setor majoritário do partido, ligado ao deputado federal Guilherme Boulos (SP), outros deputados sustentam que Deccache vinha proferindo ofensas contra parlamentares do partido e à liderança.

      Segundo Deccache, "há um movimento calculado para esvaziar a história e o programa do partido, dobrando-o às amarras do capital". Ele também disse que o Psol é alvo de "um projeto que busca submeter o partido, convertendo a sigla em mais uma engrenagem da ordem, domesticado e inofensivo", conforme postagem nas redes sociais. 

      Os deputados que apoiaram o desligamento de Deccache, entre eles Boulos, Henrique Vieira, Talíria Petrone, Erika Hilton, Célia Xakriabá, Tarcísio Motta e Ivan Valente, divulgaram nesta quinta-feira (6) uma nota em que defendem a decisão. 

      "A nossa leitura é de que o foco deve ser o enfrentamento ao bolsonarismo, mantendo a independência e o compromisso com os trabalhadores. É um erro grave que parte da esquerda não compreenda os riscos do avanço da extrema-direita aqui e no mundo e tenha seu horizonte limitado a disputas internas", argumentam. 

      Leia a nota na íntegra:

      **NOTA DOS DEPUTADOS DO PSOL DE TODAS AS LUTAS**  

      1. Nas últimas eleições, o PSOL decidiu, por ampla maioria de sua militância, apoiar Lula, entendendo o risco que o bolsonarismo representa para o país. Um grupo minoritário defendia uma candidatura própria para marcar a posição do partido. adas as eleições, nossa Bancada decidiu compor a base do Governo, representando a posição de 67% do Congresso partidário, para contribuir com o processo de reconstrução e derrota da extrema-direita. Novamente, um grupo minoritário defendia ir para a oposição e teve sua posição derrotada democraticamente no voto da bancada.  

      2. A liberdade de divergência é um valor essencial na política e amplamente garantida no PSOL e em nossa Bancada. Tanto é que parlamentares que representam a posição minoritária – de oposição ao Governo Lula – foram indicados pela Bancada para espaços estratégicos como a CCJ, Is e presidência de Comissão. Além disso, o apoio ao Governo está longe de ser acrítico: a Bancada votou por unanimidade contra projetos do governo que entendemos ser equivocados, como o Arcabouço Fiscal e o Pacote de Ajuste.  

      3. O desligamento do economista David Deccache da assessoria da Bancada não se deu, como alguns alegam falsamente, por divergências políticas, mas por ataques públicos do assessor a parlamentares e à presidente do PSOL. É inissível que alguém que trabalhe para a Bancada ofenda deputados, deputadas e a direção do partido nas redes sociais, com caracterizações como “oportunistas”, “covardes” e “mentirosos”. É mentira, ainda, que o assessor não tenha sido ouvido antes do desligamento. Em dezembro, dois parlamentares, de maior relação e trânsito com o assessor, foram designados pela Líder da Bancada para dialogar com ele, e os ataques públicos persistiram.  

      4. A natureza jurídica do cargo no qual David está nomeado é de indicação política, o que significa que ele exerce função de confiança. A partir do momento em que um assessor neste cargo ataca a representação política que o indicou, se cria um conflito ético-profissional, o que inviabiliza sua continuidade nesse papel.  

      5. Na verdade, a questão de fundo da polêmica que um grupo do partido quer criar, fazendo debate interno de maneira pública e desrespeitosa, é a tentativa de jogar o PSOL na oposição ao Governo Lula. A leitura deste grupo é que o foco do partido deve ser enfrentar contradições e limites do Governo. A nossa é de que o foco deve ser o enfrentamento ao bolsonarismo, mantendo a independência e o compromisso com os trabalhadores. É um erro grave que parte da esquerda não compreenda os riscos do avanço da extrema-direita aqui e no mundo e tenha seu horizonte limitado a disputas internas. Essa não é e nem será a posição do PSOL.  

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