“É hora de apertar os cintos”, diz Magda Chambriard
A Petrobras registrou um lucro líquido de R$ 35,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025
247 - A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou nesta terça-feira (13) que a estatal entrará em uma fase de austeridade e rigor no controle de gastos. A declaração foi feita durante uma teleconferência com analistas, no dia seguinte à divulgação do balanço do primeiro trimestre de 2025, que registrou um lucro líquido de R$ 35,2 bilhões — alta de 48,6% em relação ao mesmo período de 2024. As informações são do jornal O Globo.
Apesar do resultado positivo, Magda adotou um tom cauteloso. “Quando o preço desce, é hora de apertar os cintos. Fiquem tranquilos. Estamos endereçando a redução de custos em prol de um cenário desafiador”, disse, referindo-se à queda do preço do barril do petróleo tipo Brent e à alta do dólar, que influenciam diretamente os resultados da empresa.
Ao longo da apresentação, a executiva enfatizou a importância da disciplina financeira diante das instabilidades do mercado. “Nossos resultados são impactados pelo câmbio e pelo petróleo. São variáveis que não temos como controlar. Este momento é de austeridade e controle geral de custos. Temos que continuar a fazer o que fazemos bem, que é explorar e produzir petróleo e derivados, e comercializar com a melhor margem de lucro possível. Precisamos fazer isso com disciplina de capital, buscando grande redução de custos, com a maior redução de custos possível”, afirmou.
Os dados do trimestre revelam que a estatal teve um aumento de 9,5% em seus custos operacionais em comparação com o mesmo período de 2024, atingindo R$ 62,4 bilhões. Ao mesmo tempo, o Brent apresentou uma queda de 9,1% e o dólar subiu 18% na mesma base de comparação, o que afeta a rentabilidade da empresa.
Magda reforçou que, mesmo diante de um cenário adverso, a empresa manterá foco em projetos que gerem retorno aos acionistas. “O Brent baixo nos impõe desafios adicionais em nosso plano de negócios. Vamos fazer isso com redução de custos e disciplina de capital. Isso é parte dos nossos valores. E é por isso que vamos continuar focando em projetos de maior financiabilidade e gerar valor para nossos acionistas, tanto privados quanto governamentais. Vamos seguir com gastos em linha com o patamar de preços”, disse.
Em relação ao futuro da produção, a presidente da Petrobras defendeu a necessidade contínua de investir em novas reservas, com destaque para a Margem Equatorial, uma das apostas estratégicas da companhia. “Vamos seguir em frente, trabalhando para mostrar que temos ganhos ao explorar a Margem Equatorial”, afirmou, mencionando também o bloco de Aram, cuja produção ela pretende iniciar e antecipar.
Chambriard encerrou a apresentação reforçando o papel estratégico da exploração: “Uma companhia de petróleo não tem futuro sem exploração. Queremos uma Petrobras forte e longeva. Buscamos novas reservas ao mesmo tempo em que desenvolvemos nossos campos”. A Petrobras planeja perfurar 50 poços exploratórios nos próximos cinco anos, ampliando seu portfólio de reservas em diferentes regiões do litoral brasileiro, incluindo a costa leste e a região de Pelotas.
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