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      Dólar à vista cai após Moody's elevar nota do Brasil

      No ano, porém, a divisa norte-americana acumula elevação de 12,24% ante o real

      Notas de dólar (Foto: Reuters/Sukree Sukplang)

      SÃO PAULO (Reuters) - O dólar à vista fechou a quarta-feira em baixa ante o real, com o mercado reagindo positivamente à elevação da nota de crédito do Brasil pela agência Moody’s, na véspera, enquanto no exterior o dia foi de alta para a moeda norte-americana ante as demais divisas.

      O dólar à vista fechou em baixa de 0,34%, cotado a 5,4455 reais. No ano, porém, a divisa norte-americana acumula elevação de 12,24% ante o real.

      Na B3, às 17h19 o dólar para novembro -- atualmente o mais líquido no mercado brasileiro -- estava mais alinhado ao exterior, com alta de 0,32%, aos 5,4625. Neste caso, boa parte do impacto da decisão da Moody’s se deu ainda na terça-feira, já que o segmento futuro estava aberto no momento do anúncio.

      No fim da tarde de terça-feira a Moody's elevou a nota do Brasil de Ba2 para Ba1 e manteve a perspectiva positiva. A mudança da nota deixou o Brasil a um degrau do chamado "grau de investimento", classificação dada a países com baixo risco de calote.

      Em nota, a Moody´s destacou que o país tem tido um crescimento mais robusto do que o previsto anteriormente e um histórico crescente de reformas que têm dado resiliência ao seu perfil de crédito, ainda que a credibilidade do arcabouço fiscal seja "moderada".

      Após o anúncio do fim da tarde de terça, o dólar para novembro negociado na B3 despencou. Mas como a moeda à vista já havia fechado, o impacto da notícia no segmento spot ficou para esta quarta-feira.

      Assim, o dólar à vista atingiu a cotação mínima de 5,4054 reais (-1,07%) já no início da sessão, às 9h04.

      Como vem ocorrendo em sessões recentes, o nível de 5,40 reais atuou como resistência técnica e as cotações aram a se recuperar durante a manhã.

      O avanço do dólar ante boa parte das demais divisas no exterior favorecia essa recuperação no Brasil. Lá fora, parte do e ao dólar foi dado pelos números de emprego da ADP, mostrando que a criação de vagas de trabalho no setor privado dos EUA chegou a 143.000 em setembro. O resultado ficou acima da estimativa de 120.000 dos economistas consultados pela Reuters.

      Além disso, a cautela em torno do acirramento do conflito no Oriente Médio seguiu permeando os mercados. Enquanto o Irã afirmou que já havia encerrado a ofensiva da véspera contra o território israelense, EUA e Israel prometeram retaliar o ataque.

      Neste cenário, o dólar à vista marcou a máxima de 5,4525 reais (+0,34%) às 14h21, antes de retornar ao território negativo.

      De modo geral, profissionais do mercado afirmaram que a elevação da nota de crédito do Brasil era uma boa notícia -- inclusive para o câmbio, em meio à expectativa de que o país possa se tornar mais atrativo ao fluxo de investimentos internacionais.

      O diretor de investimentos da Nomos, Beto Saadia, destacou que a ação da Moody’s coloca o Brasil a um o de recuperar o grau de investimento, mas lembrou que outras duas agências -- a Fitch e a S&P -- ainda mantêm ratings piores para o país.

      “Então, para a gente ver grandes fluxos, é interessante que todas essas três casas, ou pelo menos duas delas, nos coloquem no grau de investimento”, ponderou em comentário após a decisão.

      Durante a tarde desta quarta, o Banco Central informou que o Brasil registrou fluxo cambial total negativo de 4,565 bilhões de dólares em setembro até o dia 27, com saídas de 4,034 bilhões de dólares pelo canal financeiro e retiradas de 530 milhões de dólares pela via comercial.

      Pela manhã, o BC vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão para rolagem do vencimento de 1º de novembro de 2024.

      No exterior, às 17h20, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,33%, a 101,590.

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