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      Déficit em conta corrente do Brasil se deteriora e se aproxima da não cobertura por investimentos estrangeiros

      Em 12 meses, o déficit em conta corrente subiu para 3,02% do PIB, de 1,11% do PIB um ano antes, o que representa o pior nível desde junho de 2020

      Cédulas de dólar (Foto: REUTERS/Guadalupe Pardo)
      Paulo Emilio avatar
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      Reuters - O déficit em conta do Brasil em 12 meses quase triplicou em janeiro na comparação com o ano anterior, e o Banco Central reconheceu que ele em breve pode não ser mais coberto pelo investimento estrangeiro direto no país, o que só aconteceu na última década durante graves crises econômicas.

      Isso seria um sinal de situação menos favorável para as contas externas do Brasil.

      Como o investimento direto estrangeiro consiste de investimentos de longo prazo nas atividades produtivas das empresas, ele é visto pelos mercados como uma fonte de alta qualidade de financiamento para cobrir o déficit em conta corrente de um país.

      De acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira pelo BC, o Brasil registrou déficit em transações correntes de US$ 8,655 bilhões em janeiro, depois de saldo negativo de US$ 4,407 bilhões no mesmo mês de 2024, afetado pela redução do superávit comercial.

      A expectativa em pesquisa da Reuters com especialistas era de um saldo negativo de US$ 8,3 bilhões em janeiro.

      Em janeiro, os investimentos diretos no país alcançaram US$ 6,501 bilhões, contra US$ 6,55 bilhões projetados na pesquisa e US$ 9,080 bilhões no mesmo período do ano anterior.

      Em 12 meses, o déficit em conta corrente subiu para 3,02% do PIB, de 1,11% do PIB um ano antes, o que representa o pior nível desde junho de 2020.

      Ele ainda foi coberto pelos investimentos diretos no país, que ficaram em 3,16% do PIB na mesma base de comparação.

      No entanto, o chefe do departamento de estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, disse que olhando à frente é possível que isso não aconteça mais, mesmo que "por um período de tempo", revertendo uma situação "que o Brasil tem vivido há décadas".

      Apesar disso, Rocha enfatizou que a posição do país permanece sólida quando se considera outras fontes de financiamento para a conta corrente, como investimentos através de operações de dívida externa ou carteira de investimentos nos mercados de capital --estes considerados mais voláteis e muitos vezes especulativo.

      Em janeiro, o déficit foi provocado por uma forte queda no superávit comercial a US$ 1,223 bilhão, bem abaixo dos US$5,563 bilhões no mesmo mês de 2024.

      Isso deveu-se aos aumentos das importações, refletindo uma economia que segue resiliente apesar do agressivo aperto monetário para conter a inflação, junto com um declínio nas exportações. A taxa Selic está em 13,25% ao ano e o BC já indicou novo aumento de 1 ponto percentual na próxima reunião.

      Os dados do BC mostraram ainda que a conta de renda primária apresentou déficit de US$ 5,613 bilhões no mês ado, abaixo do patamar de US$ 6,697 bilhões em janeiro de 2024.

      Já o rombo na conta de serviços subiu a US$ 4,552 bilhões em janeiro ante US$ 3,531 bilhões no mesmo mês do ano anterior.

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