Crédito do Trabalhador injeta R$ 8,9 bilhões na economia em pouco mais de um mês, aponta Luiz Marinho
Programa lançado pelo governo Lula beneficia 1,6 milhão de trabalhadores com carteira assinada ao oferecer empréstimos com juros mais baixos
247 – O programa Crédito do Trabalhador, lançado pelo governo federal para ampliar o o ao crédito consignado com juros reduzidos, já movimentou R$ 8,9 bilhões em empréstimos para quase 1,6 milhão de trabalhadores com carteira assinada, em pouco mais de 30 dias de operação. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (30), durante o programa Bom Dia, Ministro, transmitido pelo Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), com a participação do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.
"O Crédito do Trabalhador é destinado para trazer uma segurança àqueles que não tinham absolutamente o a nenhum crédito", afirmou o ministro. Segundo ele, o programa atinge especialmente o público mais vulnerável, como empregadas domésticas, assalariados rurais e trabalhadores de pequenas empresas. "Esse pessoal não tinha absolutamente o a nenhum crédito", reiterou, segundo aponta reportagem da Agência Gov.
Os dados apresentados mostram a distribuição do crédito entre as faixas salariais:
- Entre 1 e 2 salários mínimos, foram contratados R$ 1,6 bilhão;
- De 2 a 4 salários mínimos, R$ 2,7 bilhões;
- De 4 a 8 salários mínimos, R$ 1,9 bilhão;
- E acima de 8 salários mínimos, R$ 2,5 bilhões.
O programa, que utiliza como garantia o salário do trabalhador para reduzir os riscos e os juros das operações, é voltado a celetistas, inclusive trabalhadores domésticos, rurais e empregados de microempreendedores individuais (MEIs) com direito ao FGTS. O objetivo é substituir dívidas mais caras, como cheque especial, rotativo do cartão de crédito e financiamentos com juros abusivos, por crédito mais barato e seguro.
"Cria-se a condição de as pessoas que têm uma dívida sem garantia, pagando juros altos — acima de 6%, 8%, até 10% e, com agiota, até 20% — poderem contratar um empréstimo seguro, com a garantia de sua forma de pagamento", explicou Marinho.
Desde a última sexta-feira (25), o programa entrou em uma nova fase: os trabalhadores já podem migrar dívidas antigas, como empréstimos consignados e créditos diretos ao consumidor, para o Crédito do Trabalhador, com taxas mais baixas. A operação pode ser feita diretamente nos canais digitais das 70 instituições financeiras habilitadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
"Até o dia 25, era só pela plataforma do E-Social, sua carteira digital. A partir de 25, você pode fazer direto da plataforma do banco, mas eu sugiro que você dê uma adinha na plataforma do E-Social", orientou o ministro. Segundo ele, usar o E-Social permite comparar ofertas de diferentes bancos, ampliando as opções e aumentando o poder de escolha do trabalhador.
A partir de 6 de maio, uma nova funcionalidade será implementada: a portabilidade de crédito. O trabalhador que já tiver um empréstimo em um banco poderá receber proposta de outra instituição com juros menores. Caso aceite, o banco de origem poderá igualar a proposta para manter o cliente. “É um verdadeiro leilão para estabelecer uma taxa menor ao trabalhador. O trabalhador tem que estar muito ligado e estar consciente de que ele pode ser o protagonista de qual juros que ele vai pagar”, declarou Marinho.
Atualmente, o Brasil tem mais de 47 milhões de trabalhadores com carteira assinada, e o governo estima que até 25 milhões de pessoas possam ser beneficiadas pelo consignado privado nos próximos quatro anos. O Crédito do Trabalhador é, portanto, mais do que uma política de o ao crédito: trata-se de uma medida estrutural para a inclusão financeira e o combate à desigualdade.
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