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      Coreia do Sul propõe produção de embarcações para os EUA em troca de isenção tarifária

      Seul busca garantir condições comerciais favoráveis diante da política protecionista dos EUA

      Produção de navios pela Hyundai (Foto: Divulgação)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – A Coreia do Sul está negociando ativamente com os Estados Unidos para garantir que não seja prejudicada pelas novas tarifas impostas pelo governo norte-americano. Segundo informação da Yonhap News Agency, o ministro sul-coreano da Indústria, Comércio e Energia, Ahn Duk-geun, apresentou aos Estados Unidos uma proposta na qual estaleiros sul-coreanos poderiam priorizar a construção de embarcações militares, petroleiros e quebra-gelos para os EUA, caso haja um grande volume de encomendas.

      De acordo com a BusinessKorea, uma das principais revistas de economia do país, um grupo de trabalho bilateral sobre construção naval deverá ser lançado ainda esta semana, envolvendo múltiplas agências governamentais dos dois países. Esse grupo irá discutir o fornecimento de navios de transporte de gás natural liquefeito (GNL) e quebra-gelos, que são essenciais para operações em rotas árticas.

      Diálogo comercial e estratégico

      Durante sua visita a Washington, Ahn Duk-geun reuniu-se com o secretário de Comércio dos EUA, Don Graves, e reforçou que Seul está comprometida com os interesses norte-americanos, mas também busca um ambiente de investimento estável para suas empresas. O ministro enfatizou que, mesmo que os EUA optem por aumentar as tarifas sobre produtos estrangeiros, a Coreia do Sul não deve ser tratada de forma mais desfavorável do que outros países.

      A proposta sul-coreana também está alinhada à estratégia dos EUA de reduzir sua dependência da China e fortalecer parcerias comerciais com aliados estratégicos. O governo de Joe Biden tem investido fortemente na reindustrialização e na ampliação da capacidade produtiva de setores críticos, como a defesa e a energia.

      Impactos da política protecionista dos EUA

      O governo norte-americano tem adotado medidas protecionistas cada vez mais rígidas. Recentemente, anunciou planos para aplicar tarifas de 25% sobre automóveis, semicondutores e medicamentos importados, o que pode impactar consideravelmente as exportações sul-coreanas. Atualmente, a Coreia do Sul é o oitavo maior país com déficit comercial em relação aos EUA, o que a coloca em risco de sofrer sanções comerciais mais severas.

      Ainda assim, o país busca alternativas para minimizar o impacto dessas tarifas. Entre as propostas apresentadas pelo governo sul-coreano está o aumento das importações de recursos energéticos dos EUA, como gás natural e petróleo, além da abertura de novas fábricas de empresas sul-coreanas em solo norte-americano, o que pode ajudar a equilibrar a balança comercial entre os dois países.

      Concorrência global e desafios internos

      A indústria naval sul-coreana tem demonstrado capacidade técnica na construção de navios de transporte de GNL e petroleiros, mas enfrenta desafios internos que podem afetar sua capacidade de cumprir as promessas feitas aos EUA. A construção de um navio quebra-gelo de 16.560 toneladas para pesquisas na Ártico, prevista para ser concluída em 2027, tem enfrentado atrasos significativos e restrições orçamentárias, com previsão de entrega agora para 2030.

      Enquanto isso, a China avança na corrida para dominar o setor. Pequim lançou recentemente o Xuelong 2, seu primeiro quebra-gelo fabricado no país, o que aumenta a pressão sobre a Coreia do Sul para manter sua posição de liderança nesse mercado. O Japão também tem investido na produção de embarcações especializadas, com previsão de lançamento de um novo quebra-gelo até novembro do próximo ano.

      Apesar dos desafios, a perspectiva é que as negociações entre Coreia do Sul e Estados Unidos avancem nas próximas semanas, com a esperança de que um acordo seja alcançado para garantir que os estaleiros sul-coreanos possam se beneficiar das encomendas militares e navais norte-americanas, ao mesmo tempo em que evitam tarifas punitivas.

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