Confiança cai, previsões de crescimento recuam e economia dos EUA enfrenta incerteza
Apesar da incerteza econômica, a criação de empregos registrou avanço em fevereiro, enquanto persistem as preocupações sobre a política comercial
247 - As perspectivas para a economia dos Estados Unidos se deterioraram apenas algumas semanas após a posse do presidente Donald Trump. Enquanto no governo anterior, de Joe Biden, os salários, os gastos dos consumidores e os lucros das empresas estavam em alta, agora, a realidade se mostra mais desafiadora. A confiança de consumidores e empresários despencou, o mercado de ações tem oscilado de forma brusca, e economistas estão reduzindo suas previsões de crescimento para o ano informou o The New York Times nesta sexta-feira (7).
O próprio secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, reconheceu nesta sexta-feira (7) que a economia americana pode desacelerar significativamente à medida que o país se afasta dos gastos públicos e tenta incentivar o setor privado. Ele comparou, em entrevista à CNBC, a transição a um "período de desintoxicação", necessário para atingir um equilíbrio mais sustentável.
Desregulação e tarifas comerciais preocupam investidores
A aposta do governo Trump para reativar o crescimento econômico a por um forte programa de desregulação, que, segundo Bessent, tem como objetivo impulsionar o setor privado. No entanto, a transição tem gerado incertezas entre investidores e empresários, que temem os impactos das mudanças.
Além disso, Bessent afirmou que o governo considera manter algum nível de tarifas comerciais de forma permanente, justificando a decisão com o alto nível de desequilíbrios econômicos globais e a necessidade de fortalecer cadeias de suprimentos internas. Contudo, a imposição de tarifas a parceiros comerciais estratégicos já trouxe reações negativas da indústria americana, forçando o governo a rever algumas medidas para evitar impactos mais severos.
Mercado de trabalho cresce, mas desemprego sobe
Apesar da incerteza econômica, a criação de empregos registrou avanço em fevereiro. O Departamento do Trabalho informou que foram gerados 151.000 novos postos de trabalho fora do setor agrícola, superando os 125.000 empregos criados em janeiro (dado revisado para baixo).
No entanto, a taxa de desemprego subiu ligeiramente para 4,1%, um sinal de que o mercado de trabalho pode estar enfrentando dificuldades para absorver a transição econômica.
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