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      Campos Neto critica fim da escala 6x1 e defende cortes de gastos para ajuste fiscal

      "O projeto do 6x1 vai contra o que a gente produziu [na reforma trabalhista], que foi muito bom para o emprego no Brasil", disse o presidente do BC

      Roberto Campos Neto (Foto: Reuters/Brendan McDermid)

      247 - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a criticar a proposta de fim da escala de trabalho 6x1, em que o trabalhador atua seis dias e descansa um, nesta segunda-feira (18). Segundo ele, a medida proposta pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP) contraria avanços da reforma trabalhista e poderia trazer prejuízos ao mercado de trabalho brasileiro.

      “O desemprego continua surpreendendo [positivamente], e creio que, em parte relevante, dado à reforma trabalhista. O projeto do 6x1 vai contra o que a gente produziu [na reforma trabalhista], que foi muito bom para o emprego no Brasil. Não é colocando mais deveres para os empregadores que você vai dar mais direitos aos trabalhadores”, afirmou Campos Neto durante evento no Insper, de acordo com a Folha de S. Paulo.

      Na última quinta-feira (14), o economista já havia ressaltado que a mudança na escala de trabalho traria efeitos negativos para a economia, aumentando custos trabalhistas e incentivando a informalidade. Ele também destacou que a medida comprometeria a produtividade do país.

      Além de sua posição sobre o mercado de trabalho, Campos Neto comentou sobre os desafios econômicos enfrentados pelo Brasil. Ele reforçou sua oposição a alterações na meta de inflação, que atualmente segue o padrão internacional de 2% a 3% ao ano. O presidente do BC argumenta que mudanças poderiam elevar as incertezas econômicas e comprometer a política monetária.

      “O trabalho do Banco Central em controlar a inflação é impactado pela alta nos juros futuros, que refletem uma maior percepção de risco fiscal. Esse movimento também eleva a inflação”, explicou.

      Campos Neto defendeu ajustes na trajetória da dívida pública como forma de reduzir os juros futuros. Ele destacou a necessidade de um ajuste fiscal focado em cortes de gastos, elogiando os esforços do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em conduzir medidas nesse sentido.

      “Não acho que a realidade fiscal do Brasil é um desastre iminente. Há muitas possibilidades de correções de rota. Para um choque positivo em termos de credibilidade, o ajuste fiscal precisa ser muito mais baseado em cortes de gastos do que em aumento de receitas”, ponderou.

      Com o fim de seu mandato marcado para 31 de dezembro, Campos Neto também deixou conselhos para seu sucessor, Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele destacou a importância de trabalhar com autonomia e foco nas entregas técnicas.

      “Não ligue para as críticas no meio do caminho, e pense nas entregas. No fim das contas, apresentações de PowerPoint e debates am, e as entregas, como o Pix, ficam”, afirmou, referindo-se ao sistema de pagamentos instantâneos implementado durante sua gestão.

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