Cade aprova compra da Mobly por R$ 0,68 por ação, mas empresa tenta barrar negócio na CVM
Decisão foi publicada nesta quarta-feira e considera que a transação não traz impactos relevantes do ponto de vista concorrencial
247 - A Superintendência-Geral do Conselho istrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a proposta de aquisição da Mobly apresentada por meio de uma oferta pública de ações (OPA) com possibilidade de compra de até 100% da empresa, informa o portal Metrópoles. A decisão foi publicada nesta quarta-feira (30) e considera que a transação não traz impactos relevantes do ponto de vista concorrencial.
Segundo parecer do Cade, a operação não induz novas relações horizontais ou verticais entre os envolvidos, uma vez que as possíveis sobreposições já haviam sido analisadas no processo anterior de fusão entre Mobly e Tok&Stok, concluído em 2024. A oferta estipula o valor de R$ 0,68 por ação e foi notificada de forma unilateral.
Apesar do aval do Cade, o processo está longe de um desfecho pacífico. Recentemente, a Mobly solicitou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o cancelamento da OPA e prometeu acionar as esferas istrativa, cível e criminal. Em comunicado ao mercado, a empresa acusou os ofertantes de atuar de forma coordenada e não divulgada para adquirir a fatia de 44,3% da companhia pertencente à alemã Home24 em condições supostamente diferentes daquelas informadas publicamente.
Segundo a Mobly, uma apuração interna apontou indícios de uma suposta combinação prévia entre os ofertantes e representantes do grupo europeu XXXLutz, controlador da Home24, o que, segundo a empresa, comprometeria a transparência e a legalidade da operação. Diante dessas suspeitas, o Conselho de istração autorizou a tomada de medidas legais e notificações às autoridades competentes.
A proposta de compra havia sido inicialmente apresentada no fim de fevereiro, sendo rejeitada pela istração da Mobly, que a classificou como “inviável”. Ainda de acordo com o Metrópoles, desde então, os proponentes revisaram os termos, reduziram o número mínimo de ações exigidas para o fechamento da OPA e reafirmaram o interesse em adquirir até 100% do capital social, mantendo o preço por ação.
Em nota recente, os ofertantes negaram qualquer irregularidade no processo e acusaram a gestão da Mobly de tentar fugir de suas obrigações fiduciárias com os acionistas.
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