Bolsas europeias sobem após semana de tensão com tarifaço de Trump
Mercados reagem à trégua provisória na guerra comercial entre EUA e China, enquanto Wall Street fecha em queda diante de temores globais
247 - As principais Bolsas de Valores da Europa iniciaram esta sexta-feira (11) com discretas altas, revertendo parte das perdas acumuladas ao longo de uma semana marcada por fortes turbulências nos mercados internacionais. O clima tenso foi provocado pelo anúncio de um novo pacote tarifário do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra a China, relata a AFP, em reportagem repercutida pelo jornal O Globo.
Por volta de 7h05 no horário local (2h05 em Brasília), as altas eram observadas em Paris (+0,87%), Frankfurt (+0,91%), Londres (+0,69%), Milão (+0,60%) e Madri (+0,59%). A recuperação é parcial e ocorre após o anúncio de uma suspensão temporária, por 90 dias, do conjunto de tarifas proposto pela Casa Branca, medida que funcionou como um alívio momentâneo para os investidores europeus.
Na véspera, os mercados europeus já haviam encerrado o pregão em alta, ensaiando uma reação ao impacto causado pela escalada protecionista dos Estados Unidos. O chamado 'tarifaço' de Trump previa sobretaxas que, somadas, poderiam elevar a carga tributária sobre produtos chineses a até 145%.
Enquanto os mercados europeus esboçam recuperação, o movimento foi oposto em Wall Street. As principais Bolsas norte-americanas encerraram a sessão de quinta-feira em forte queda, refletindo o aumento da preocupação com a desaceleração da economia global em meio ao recrudescimento da disputa comercial entre as duas maiores potências econômicas do planeta.
Segundo a agência, o índice Dow Jones recuou 2,5%, encerrando o dia aos 39.593 pontos. O S&P 500 teve perda de 3,46%, ficando em 5.268 pontos, enquanto o Nasdaq despencou 4,31%, fechando em 16.387 pontos.
A decisão de Trump, que assumiu o segundo mandato como presidente dos Estados Unidos em janeiro de 2025, causou reação imediata nos mercados globais, abalando as expectativas de retomada do comércio internacional e pressionando os índices acionários de forma generalizada. Ainda que a trégua de 90 dias tenha proporcionado uma melhora temporária no humor dos investidores, a instabilidade permanece como pano de fundo, especialmente enquanto não houver avanços concretos em negociações bilaterais entre Washington e Pequim.
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