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      Após aço e alumínio, Trump cita etanol brasileiro em nova política de tarifas comerciais recíprocas dos EUA

      Documento distribuído pela Casa Branca alega desequilíbrio no comércio de etanol entre EUA e Brasil. Ainda não há anúncio oficial de novas tarifas

      Lula e Donald Trump (Foto: Ricardo Stuckert/PR | REUTERS/Brendan McDermid)
      Guilherme Paladino avatar
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      WASHINGTON/BRASÍLIA (Reuters) - Ao anunciar a implementação de tarifas comerciais recíprocas contra países que taxam os Estados Unidos, documento distribuído nesta quinta-feira pela Casa Branca menciona o etanol brasileiro como um dos possíveis alvos das mudanças a serem feitas pelo governo norte-americano.

      "Há inúmeros exemplos em que nossos parceiros comerciais não dão tratamento recíproco aos Estados Unidos. A tarifa dos EUA sobre o etanol é de apenas 2,5%. No entanto, o Brasil cobra uma tarifa de 18% sobre as exportações de etanol dos EUA. Como resultado, em 2024, os EUA importaram mais de US$200 milhões em etanol do Brasil, enquanto os EUA exportaram apenas US$52 milhões em etanol para o Brasil", diz o memorando distribuído pela Casa Branca.

      O documento não especifica quanto e nem que áreas serão especificamente taxadas, e o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que os anúncios específicos serão feitos nos próximos dias, com a prioridade sendo dada a países que têm maior superávit comercial com os Estados Unidos. O Brasil tem um pequeno déficit, de US$250 milhões.

      A citação, no entanto, vai ao encontro de preocupações que o setor de etanol brasileiro já tinha manifestado ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de que, depois do aço e alumínio, o etanol seria o próximo produto do Brasil tarifado, justamente pela diferença de tarifas citada pelos norte-americanos.

      De acordo com uma fonte do governo brasileiro, diferentes ministérios estão levantando dados e analisando impactos das possíveis tarifas a serem aplicadas aos produtos brasileiros, mas nada deve ser feito de imediato. A ordem do presidente Lula é negociar, disse a fonte.

      O impacto de taxas no etanol, no entanto, não deve ser significativo. Relatório do banco BTGPactual mostra que o Brasil exporta cerca de 6% apenas da sua produção de etanol, de cerca de 35 bilhões de litros por ano, e exporta menos de 1% para os EUA -- cerca de 300 milhões de litros.

      O relatório mostra ainda que o Brasil importou 109 milhões de etanol de milho dos EUA no ano ado, e que a importação não é vantajosa, com o produto chegando no Brasil com valores finais por litro acima do produzido no país.

      A medida, no entanto, agrada aos produtores norte-americanos, que comemoraram a decisão de Trump.

      Em nota, a Associação de Combustíveis Renováveis dos Estados Unidos (RFA, na sigla em inglês) agradeceu pela decisão de "restabelecer uma relação justa e recíproca no comércio de etanol com o Brasil".

      "Por quase uma década gastamos tempo e recursos preciosos lutando contra um regime tarifário injusto e injustificado imposto pelo governo brasileiro às importações de etanol dos EUA”, disse o presidente e CEO da RFA, Geoff Cooper em nota distribuída pela associação.

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